A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo planeja erradicar a transmissão local de esquistossomose no Estado até 2015. Por isso promoveu, entre os dias 23 e 27 de maio, a Semana Estadual da Esquistossomose, mobilizando cinco mil unidades públicas de saúde nos municípios paulistas.
Cerca de 5 mil unidades básicas de saúde e mais de 100 unidade geossentinelas que realizam testes complementares sorológicos para diagnóstico da doença reforçaram o atendimento à população que procuraram os serviços com a suspeita de ter adquirido a doença.
Foram distribuídos à população e escolas 50 mil cartazes, 50 mil folhetos e 500 mil panfletos com informações sobre a esquistossomose e prevenção da doença.
O objetivo é zerar esses casos e eliminar focos de transmissão até 2015.
O QUE É ESQUISTOSSOMOSE?
A esquistossomose mansônica, também conhecida como “barriga d’água”, “xistose”, “xistosomose” ou “doença do caramujo” é uma doença causada por um parasita denominado Schistosoma mansoni.
COMO A DOENÇA SE TRANSMITE?
Sua transmissão depende da existência de determinadas espécies de caramujos como a Biomphalaria glabrata, B. straminea e B. tenagophila, em rios, lagoas, córregos, canais, represas, mangues ou outras coleções hídricas, contaminadas com despejo de esgoto sem tratamento. Os ovos do parasita, eliminados nas fezes do indivíduo contaminado e liberados na água, transformam-se em larvas ciliadas (miracídios) que infectam o caramujo, e depois de 4 a 6 semanas abandonam o caramujo, na forma de cercárias, permanecendo nas águas.
O indivíduo quanto entra em contato com essas águas contaminadas, em atividades de lazer (para nadar ou tomar banho) ou de trabalho (lavouras irrigadas, hortas, arroz, etc.) adquire a doença, devido à penetração das cercárias pela pele. A doença aparece, em média, de 2 a 6 semanas após esse contato. Se o indivíduo não for tratado, permanecerá excretando ovos do parasita por muitos anos, constituindo-se também em importante fonte de transmissão em locais com saneamento básico deficiente e despejo de dejetos sem tratamento nas coleções hídricas.
QUAIS OS SINTOMAS DA DOENÇA?
Muitas vezes não há sintomas. Mas quando existem, eles variam, no início, de simples coceira ou “urticária” na pele, vômitos e diarréias até posteriormente com sintomas mais graves como aumento do tamanho do fígado e do baço, ou sintomas neurológicos (mielorradiculopatia) e morte.
O QUE FAZER QUANDO A PESSOA ACHA QUE PODE TER ADQUIRIDO A ESQUISTOSSOMOSE?
Se a pessoa nadou ou entrou em contato com água com as espécies de caramujos já citadas, em regiões com casos da doença, independente de ter tido ou não sintomas, deve procurar a unidade básica de saúde (posto ou centro de saúde) mais próxima de sua casa para fazer a consulta médica e o exame parasitológico de fezes, ou outros exames complementares, e fazer o tratamento se necessário.