Biodiversidade do Parque Estadual de Porto Ferreira atrai pesquisadores

Uma equipe de biólogos e ecólogos do Instituto de Biociências (IB), Câmpus de Rio Claro, já listou 215 espécies de árvores do Cerrado e da Mata Atlântica no Parque Estadual de Porto Ferreira, localizado no município de mesmo nome, no Interior paulista. Os pesquisadores percorreram, em um ano e meio, cerca de 50% dos 611,55 hectares da reserva, num projeto para estudar a composição e a estrutura da sua vegetação.

Essa Unidade de Conservação é administrada pela Fundação Florestal, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. O local, onde se pode chegar pelo km 89 da Rodovia SP-215, é uma área protegida que tem, entre outros, o objetivo de conservar a biodiversidade e os recursos naturais e realizar pesquisas e atividades de educação ambiental.

O projeto é coordenado pelo botânico Reinaldo Monteiro, professor do Departamento de Botânica, com apoio da equipe de pesquisa do parque. O estudo busca listar e enumerar as espécies das árvores da unidade, registrando suas posições por georreferenciamento (localização de um ponto por meio da definição de sua latitude, longitude e altitude) e caracterizando os tipos de solo e a declividade do terreno. “Com esse levantamento, procuramos entender a dinâmica de sucessão das populações de espécies de árvores”, diz Reinaldo. “E também selecionamos árvores de espécies típicas ou raras para coletarmos sementes para o uso em recuperação e regeneração ambiental de áreas degradadas, tanto no próprio parque como em áreas do entorno.”

Embora o parque não tenha grande variação de altitudes, as áreas mais elevadas apresentam uma vegetação típica de Cerrado. Já na direção do Rio Mogi-Guaçu, que limita a reserva ao sul, predominam espécies da Mata Atlântica. Esse bioma, segundo Monteiro, apresenta diferentes tipos de floresta. A primeira, que faz fronteira com o outro bioma, é a semidecidual, em que algumas espécies perdem as folhas no inverno.

Próximo do rio e dos córregos, a floresta apresenta árvores de florestas outros estudantes e pesquisadores do IB desenvolvem um projeto para listar as plantas herbáceas (rasteiras)”, diz o professor.

Árvores gigantes

Os pesquisadores relacionaram muitas árvores de grande porte, como jequitibá-rosa, aroeira, figueira, jatobá, cedro e peroba, que podem ser avistadas na Trilha das Árvores Gigantes do Parque. Nessa trilha, aberta ao público, é possível observar grande variedade de plantas do Cerrado, da floresta e da mata ciliar, além de animais como macacos, pequenos roedores e muitas aves. “As árvores de grande porte tiveram suas populações muito reduzidas com o desmatamento”, destaca Monteiro.

A presença de tais espécies na floresta é um indício de que a área foi preservada pelo menos nos últimos duzentos anos. Segundo a gestora do parque, a bióloga Sonia Aparecida de Souza, o governo do Estado, comprou a gleba de mata da Fazenda Santa Mariana, e criou a então Reserva Estadual de Porto Ferreira, que se transformou em Parque em 1987.

Fonte: Unesp – Daniel Patire

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