Taxa de homicídios em SP nos oito meses de 2011 é menor em comparação com 2010

O número de homicídios dolosos no Estado nos primeiros oito meses de 2011 caiu de 2.920 para 2.739. Foram 181 casos a menos, uma queda de 6,2%. A taxa de homicídios nos oito meses iniciais do ano – de janeiro a agosto – foi de 9,86 por grupo de 100 mil habitantes. As informações constam das Estatísticas Criminais Mensais, contabilizadas pela Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

É a primeira vez na história recente que o Estado se mantém por tão longo período com taxa de homicídios abaixo de 10/100 mil. Como se sabe, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera epidêmicas taxas acima de 10/100 mil. No Brasil, a média é de 25/100 mil.

O número de homicídios dolosos registrados nesses primeiros oito meses é o menor da história recente na capital, Grande São Paulo e no Estado. Na cidade de São Paulo houve 157 crimes contra a vida a menos que nos primeiros oito meses de 2010, uma queda de 18,89%.

No interior, destacaram-se ainda as regiões de Campinas, com redução de 24,7%, e Bauru, com diminuição de 36,3%. Desde 1999, a taxa de homicídios paulista teve queda acumulada de 72,1% – de 35,27/100 mil, em 1999, para 9,86/100 mil, até agosto.

A SSP atribui a redução dos homicídios à intensificação do patrulhamento ostensivo, com retirada da armas ilegais das ruas, e à investigação de crimes, identificação e prisão dos autores. Nos últimos 10 anos, as polícias de São Paulo recolheram mais de 380 mil armas ilegais.

As tentativas de homicídio recuaram 2,49% de janeiro a agosto. Foram 83 casos a menos, em relação aos primeiros oito meses do ano passado – queda de 3.338 para 3.255 tentativas de homicídio.

Menor número de latrocínios da história São Paulo teve em agosto o menor número de roubos seguidos de morte – latrocínios – em um mês nos últimos 10 anos. Foram registrados nove casos de roubo seguido de morte em todo o Estado. Até julho, este crime acumulava uma alta de 16%. Apesar da redução recorde em agosto, persiste no ano uma alta de 7,3%.

Ao longo do ano, as polícias intensificaram o combate aos roubos, em geral, e aos latrocínios, em particular. As estatísticas mostram tendência de estabilidade dos roubos (ligeiro aumento de 0,89% no Estado e redução de 1,02% na capital). Diante do aumento de casos de latrocínio até julho, a população foi orientada pela polícia a não reagir, a ligar 190 e a comunicar o fato. Assim, a vida é preservada e os criminosos podem ser presos. A redução dos latrocínios em agosto mostra que esta orientação vem sendo entendida pela população.

Na capital, os latrocínios já estão em queda de 5,08% nos primeiros oito meses, em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo menor número de sequestros

O número de extorsões mediante seqüestro caiu 11,32% nos primeiros oito meses, em relação ao mesmo período do ano passado. Foram registrados 47 casos até agosto, contra 53 até agosto do ano passado.

Na capital, o número de sequestros caiu de 22 para 20 nesses oito meses. No interior, também ocorreu redução de 20 para oito casos, até agosto.

Este é o segundo menor número de sequestros da série histórica no Estado – houve 35 casos entre janeiro e agosto de 2008. Desde 2002, São Paulo acumula uma queda de 81,1%. Naquele ano, houve 248 sequestros até agosto, contra 47 em 2011.

Queda dos roubos de carga O número de roubos de carga caiu 3,29% no Estado, com 151 casos a menos, até agosto. Nos primeiros oito meses do ano passado, foram registrados no Estado 4.594 casos. Este ano, 4.443 roubos a cargas.

A redução mais expressiva ocorreu na Grande São Paulo, com menos 234 casos, em relação aos primeiros oito meses do ano passado. Nos 38 municípios da região, ocorreram 908 casos este ano, contra 1.142 até agosto do ano passado. Na capital, houve diminuição de 3,53% nos roubos de carga, com 100 casos a menos.

Polícia mais atuante Os flagrantes de tráfico de drogas feitos pelas polícias aumentaram 19,26% até agosto. Foram 23.965 ocorrências, contra 20.095 nos oito primeiros meses do ano passado – 3.870 casos a mais.

As ocorrências de tráfico de entorpecentes dependem inteiramente da eficiência das polícias. Por isso, são consideradas um dos indicadores de atividade policial. Nos últimos 10 anos, o número de flagrantes de drogas feitos pelas polícias cresceu 260%.

O número de prisões feitas no Estado cresceu 11,35% até agosto. Foram 9.080 prisões a mais que no mesmo período do ano passado – de 79.978 para 89.058. Houve aumento das prisões em todas as regiões do Estado. Na capital, a quantidade de prisões efetuadas cresceu 8,05%. Na Grande São Paulo, o aumento foi de 11,76% e no interior, de 12,54%.

Atualizações mais frequentes

Desde março, quando as estatísticas da criminalidade passaram a ser divulgadas mensalmente, as atualizações de dados passaram a ser mais frequentes. A maioria das alterações decorre da mudança de natureza criminal, a partir de investigações conduzidas por autoridades policiais. Há, também, casos em que a natureza preponderante muda pela morte da vítima, em momento posterior ao registro.

As estatísticas da criminalidade são utilizadas, em primeiro lugar, para o planejamento das polícias e da área de segurança. Servem, por exemplo, para orientar aquisições e distribuição de recursos humanos, tecnológicos e materiais. Devem ser um retrato o mais fiel possível da realidade. Por isso, são atualizadas sempre que a autoridade policial conclui ser outra a natureza de um crime.

As atualizações são feitas pela Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) da Secretaria da Segurança Pública, depois de receber comunicação formal da unidade policial responsável pela investigação. Antes de serem oficializadas, as alterações propostas são checadas pela CAP.

Fonte: Osni Martins – osnilmartins@gmail.com

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