Os portadores de câncer de pele que residem em Jaú já podem contar com um novo tratamento contra a doença. A cidade foi incluída no programa “Terapia Fotodinâmica Brasil”, projeto que está viabilizando para 100 centros médicos do País um equipamento revolucionário na detecção e combate ao câncer.
Desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Física da USP (IFSC) de São Carlos (SP) em parceria com o Hospital Amaral Carvalho (HAC) e as empresas MM Optics e PDT Pharma, o aparelho já está sendo utilizado pelo HAC desde a fase de testes do programa.
A principal inovação do tratamento é a tecnologia 100% nacional presente no equipamento. Usando uma única plataforma, o aparelho consegue diagnosticar e tratar a doença por meio de terapia fotodinâmica (TFD). As lesões provocadas pelo câncer são facilmente identificadas com auxílio da luz ultravioleta. Se o diagnóstico for positivo, o tumor é tratado, na sequência, com luz vermelha. A interação de uma pomada com essa luz provoca uma reação fotoquímica, de modo que as células cancerígenas morrem.
“Estamos falando de um aparelho que torna possível a análise das lesões cancerosas e o tratamento da doença no mesmo dia. Essa inovação, além da eficiência comprovada nos testes, evita problemas de logística que trazem custos para o governo e para o próprio paciente”, destaca Fernando Mendonça Ribeiro, diretor industrial da MM Optics.
SUS
Cada centro médico contemplado pelo programa deverá oferecer o tratamento para 80 pacientes durante o período de um ano. Segundo o físico Vanderlei Bagnato, vice-diretor IFSC, os resultados servirão para legitimar toda a terapia ou indicar qualquer adaptação que se faça necessária. Se o índice de cura atingir 90%, o programa poderá ser adotado pelo SUS. “As vantagens dessa técnica são tantas que esperamos sua adoção pelo governo brasileiro dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), possibilitando sua disponibilização a todos os que necessitem do tratamento”, explica Bagnato.
Testes
Esse índice de 90% já foi obtido durante a fase de testes do programa, realizada no Hospital Amaral Carvalho, instituição referência no tratamento de câncer. A médica dermatologista do hospital que coordenou os testes, Ana Gabriela Sálvio, relata que 150 pacientes foram submetidos ao tratamento com este novo sistema, com excelente resposta terapêutica. “Após o diagnóstico inicial do câncer de pele, a opção pelo uso da TFD, além de proporcionar um ótimo resultado terapêutico, também apresenta um bom resultado estético e boa tolerância ao método”, comenta a médica.
Fonte: Thatiana Miloso Ex-Libris Comunicação Integrada