Foi uma triste surpresa para os funcionários que trabalham no Parque Estadual de Porto Ferreira, quando receberam as fotografias da pesquisadora Ariane Crepaldi, que passava pela SP 215, no Km 92, no dia 13 de Janeiro de 2011 à noite, e fez o registro fotográfico do tamanduá-bandeira morto na Rodovia.
O animal adulto pode atingir 40 kg e comprimento de 1,80m, incluindo a cauda. Possui coloração cinza acastanhada, com uma banda preta que se estende do peito até a metade do dorso, cauda comprida e peluda, focinho longo e cilíndrico, pés anteriores com três grandes garras e pés posteriores com cinco garras pequenas.
Este animal alimenta-se de formigas e cupins, capturados pela língua comprida e aderente. Também é conhecido pelos nomes de iurumi, jurumim, tamanduá-açu e tamanduá-cavalo.
Nos levantamentos de fauna realizados no Parque Estadual de Porto Ferreira só foi registrada a presença do tamanduá-mirim até então. O Tamanduá-bandeira ainda não tinha sido registrado, principalmente nos últimos 20 anos.
O monitoramento dos atropelamentos dos animais silvestres é realizado pelos técnicos do Parque desde 2003. Os dados de 2003 a 2009 estão organizados em uma nota científica que pode ser acessada através do link:
http://www.iflorestal.sp.gov.br/publicacoes/revista_if/RIF22-2PDF/p.315-323.pdf
Neste trabalho foi registrado o atropelamento de 72 animais, entre eles o lobo-guará e a jaguatirica, que também estão ameaçados de extinção.
A Gestão do Parque Estadual de Porto Ferreira está empenhada para minimizar os impactos dos atropelamentos causado pelos veículos que trafegam por esta rodovia, por meio de ofícios e contatos com a INTERVIAS e ARTESP – Agência Reguladora de Transporte Terrestre do Estado de São Paulo, visando a implantação de medidas de redução dos referidos atropelamentos, principalmente em área confrontante ao Parque.
Consulta sobre a espécie: Wikipédia
Fotos: Ariane Crepaldi