O excesso de vaidade pode custar um alto preço para a saúde. Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde aponta que as irritações e alergias respondem por 60% das reações ao uso de cosméticos notificadas ao Centro de Vigilância Sanitária. Na maioria das vezes, o problema é causado por produtos de procedência duvidosa ou desobediência à indicação de uso.
Para evitar alergias ou irritações decorrentes de um produto de beleza, cuidado nunca é demais. “É importante que o consumidor observe o número de registro ou de notificação do produto, pois indica que a composição foi analisada e foram apresentados testes de segurança e eficácia”, explicou a farmacêutica responsável pelo Grupo de Vigilância Sanitária em Cosméticos, Rita de Cassia Dias.
Outras reações como vermelhidão e coceira representam 35% do total de notificações, seguidas pelas queimaduras, com 8%. O balanço também mostrou que 54% das reações aos produtos de beleza ocorrem na pele, seguidas dos olhos, com 15%, e de outras partes do corpo, como cabelos e unhas, com 31%.
Procedência
Em relação ao tipo de cosméticos, as principais queixas referem-se aos alisantes e produtos destinados a hidratar e amaciar os cabelos. Rita ressalta a importância de sempre escolher itens com procedência segura. No caso dos importados, é preciso observar a origem e cobrar do importador a responsabilidade pela idoneidade do produto. Protetores solares, fraldas descartáveis, desodorantes e cremes antirrugas e anticelulite também aparecem na lista de notificações.
Apesar de a maioria das ocorrências envolvendo produtos de beleza ser leve, sem danos permanentes para a saúde, após o início das reações recomenda-se suspender o uso do cosmético imediatamente. Em seguida, verifique se há relação entre o produto e os sintomas e procure um médico. Para notificar o caso à Vigilância Sanitária, basta acessar o site www.cvs.saude.sp.gov.br.
Fonte: Portal do Governo do Estado
