A Casa da Agricultura de Pirassununga divulgou na manhã da sexta-feira (27) um aumento do número de casos de raiva em bovinos e equinos no município.
Agora são sete casos contabilizados, incluindo um registrado no último dia 17 de abril, em estabelecimento rural nas proximidades de Cachoeira de Emas.
Os dados apontam que cinco propriedades rurais registraram casos de raiva animal em bois, cavalos e bezerros. Além dos seis casos novos divulgados nesta sexta-feira, outros três casos estão sendo analisados e aguardando o resultado.
Primeiro caso
No dia 17 de abril um caso de raiva bovina foi confirmado pelo Instituto Pasteur na fazenda Reconquista. Os funcionários e todos os animais já foram vacinados. Na região, o primeiro caso aconteceu na mesma semana em fazenda em Descalvado.
A propriedade rural localiza-se nas proximidades do Distrito de Cachoeira de Emas. O problema começou a ser detectado na última terça-feira (17) quando técnicos do Escritório de Defesa Animal, de Santa Rita do Passa Quatro e Descalvado estiveram no local para retirada do cérebro de um boi morto por suspeita de raiva.
A Secretaria Municipal de Saúde de Pirassununga (que não é responsável direta pelos atendimentos) tomou conhecimento do caso e auxiliou na aplicação das vacinas nos funcionários que manipularam diretamente o animal.
A vacinação contra raiva bovina e equina por enquanto não é obrigatória no estado, mas pode vir a ser dependendo do número de casos.
Cuidados
Os pecuaristas devem ficar atentos aos sintomas da raiva nos animais, verificando seu rebanho. São sintomas básicos como a paralisia, isso é, o animal deita e não consegue se mexer e não se levanta até a sua morte. O animal apresenta sinais de engasgamento. O bovino ou eqüino também pode apresentar o andar cambaleante. O animal passa e ter problemas urinários e também em defecar.
Município vai bancar vacinação de raiva para cães e gatos
A cidade de Pirassununga não deverá receber do governo as doses de vacina anti-rábica para a campanha para imunizar cães e gatos neste ano de 2012. Já é o terceiro ano que a vacina não chega à cidade. Por isso, o governo municipal deverá intervir e adquirir as vacinas.
Essa interrupção na distribuição das vacinas aconteceu devido a uma reação que vitimou diversos animais no ano de 2010. Com isso, o Ministério da Saúde não encaminhou aos estados e municípios as doses cabíveis desde então.
“O que aconteceu foi que o Ministério da Saúde deixou de encaminhar as vacinas por conta da reação com de morte de vários animais há dois anos. A vacina teve que ser totalmente reformulada para que não trouxesse mais tantas reações”, afirmou a secretaria Municipal de Saúde, Dra. Miriam Scaggion.
Para a secretária, Pirassununga já estava pronta para enfrentar essa adversidade e para que o município não ficasse mais um ano sem a vacina. A prefeitura vai bancar as doses para atender a demanda do município que é de 17 mil animais.
“Nós já vínhamos cobrando isso do estado. Houve atraso não por nossa conta, mas sim pela distribuição federal, que priorizou outros estados e regiões do Brasil onde houve mais casos de raiva. Ficamos no aguardo e agora temos o orçamento na mão. Vamos fazer nossa campanha impreterivelmente. Não podemos mais adiar. Já tínhamos essa carta pronta na manga aguardando, mas agora já decidimos”, disse Dra. Miriam.
A data da vacinação municipal de cães e gatos ainda não foi definida pela Secretaria de Saúde. “Vai depender da demora de entrega da vacina”, disse a secretária.
Fonte: www.difusorapirassununga.com.br
