A Polícia Civil prendeu dois empresários e recuperou produtos roubados que, no total, foram avaliados em R$ 30 milhões. Os dois presos eram responsáveis por armazenar o material obtido durante assaltos em rodovias.
As prisões aconteceram na tarde de terça-feira (16) em São José do Rio Pardo – distante 257 quilômetros da Capital. Foram necessários oito caminhões para transportar as mercadorias.
Deflagrada por policiais da 2ª Divecar (Delegacia de Investigações sobre Roubos de Cargas) do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), a ação representa uma importante ofensiva contra a “Conexão Caipira” que reúne quadrilhas envolvidas em roubo e receptação de mercadorias nas regiões de Campinas e São José do Rio Pardo.
Segundo o delegado Alberto Pereira Matheus Júnior, titular da 2ª Divecar, a estrutura de armazenamento funcionava como um entreposto comercial de mercadorias roubadas. “Os empresários aproveitaram todo o esquema da estocagem lícita e guardavam as cargas roubadas. Dessa maneira, ninguém estranhava a movimentação de caminhões no local. Usavam a fachada de empresa para fomentar o crime”.
Uma avaliação preliminar aponta para a recuperação de R$ 30 milhões entre azeites, óleos lubrificantes, presuntos importados, pneus e produtos de limpeza.
Investigações
As investigações sobre essa ramificação da “Conexão Caipira” começaram em maio. Os policiais da 2ª Divecar conseguiram identificar a base logística do grupo. Todo o armazenamento funcionava em uma empresa de distribuição de hortifruti no bairro Fartura.
A equipe prendeu os sócios P.A.R. e L.F.M., ambos de 47 anos. No local, foi encontrada uma carreta com queixa de roubo. Os dois empresários respondem por receptação.
Para Matheus Júnior, as prisões devem causar problemas na organização da quadrilha. “Terão dificuldade para operacionalizar a receptação e distribuição das cargas roubadas. Além disso, continuamos investigando para identificar os outros integrantes”, afirmou o delegado.
Matheus Júnior informou que foram necessários oito caminhões de carga para retirar os produtos do local. As mercadorias serão devolvidas aos proprietários.
Fonte: Secretaria de Segurança Pública – Mauricio Rodrigues, da Assessoria de Imprensa do Deic, com adaptações