No final da manhã de sexta-feira (9), uma adolescente de 15 anos protagonizou uma das maiores violência contra uma criança recém nascida em São Carlos. Sentindo dores abdominais a estudante foi encaminhada pelos pais para passar por atendimento no Serviço Médico de Urgência (SMU) e antes de ser atendida a menina foi ao banheiro e abortou a criança, que foi jogada no lixo.
CONSULTA
Segundo apurado, no final da manhã de sexta-feira, por volta das 11h30, sentindo fortes dores abdominais, a estudante de 15 anos foi encaminhada pelos pais para o Serviço Médico de Urgência (SMU) da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos, onde após ser cadastrada na portaria a menina acompanhada dos familiares adentrou os corredores do SMU e no momento em que aguardava pela consulta médica, com fortes dores a adolescente foi ao banheiro.
ABORTO
Sem que ninguém tomasse conhecimento abortou uma menina que encontrava-se entre 7 a 8 meses de gestação. Notando que a menina estaria viva, a menor teria feito uma bola com papel toalha e colocado na boca da recém nascida, pois temia que o choro da criança a entregaria e seus pais pudessem saber de sua gravidez, que segundo as primeiras informações era escondida da própria família, pois segundo a menina teria relatado aos policiais seu pai não aceitaria tal situação. Na sequência de procedimentos criminosos a adolescente também enrolou a filha em papel toalha e posteriormente a jogou no lixo e colocou sobre ela uma toalha de pano que carregava.
CORDÃO UMBILICAL
Assim que a mesma saiu do banheiro, um enfermeiro teria notado que a menina carregava algo estranho nas mãos e ao comentar com uma enfermeira ambos abordaram a menina e notaram que nas mãos ela carregava o cordão umbilical e rapidamente seguiram para o banheiro onde notaram um grande volume de papel e pano no cesto de lixo. Ao vasculhar o recipiente a enfermeira encontrou a criança de sexo feminino, que ainda viva foi encaminhada para a emergência, onde recebeu os primeiros atendimentos. Após retirar a bola de papel da boca da criança os médicos realizaram vários procedimentos para salvá-la e posteriormente a encaminharam para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. A Polícia Militar foi chamada e a adolescente também foi levada para a emergência, onde recebeu os primeiros atendimentos e com estado de saúde satisfatório, a mesma foi encaminhada para a Maternidade Dona Francisca Cintra Silva, onde foi internada para observações médicas.
POLÍCIA
O cabo Rogério da Polícia Militar após tomar conhecimento do caso comunicou o fato ao comando da PM, bem como a delegada Denise Gobbi Szakal, que determinou que uma investigadora seguisse para maternidade e aprendesse a menor. A delegada inicialmente seguiu para a Santa Casa, onde ouviu os enfermeiros e médicos que narraram todo caso, bem como requisitou peritos do Instituto de Criminalística (IC) que realizaram toda perícia no banheiro e por onde a menor passou. A delegada também conversou informalmente com os pais da adolescente que a princípio teria comentado que desconheciam a gravidez da filha. Denise, também esteve na maternidade onde ouviu a menor que confessou a violência contra a própria filha. Desta forma a delegada Denise Gobbi Szakal após comunicar o fato ao Ministério Público e a Vara da Infância e Juventude, apreendeu a adolescente que passou a ficar sob escolta de policiais militares até seu pronto restabelecimento. Assim que receber alta a adolescente deverá ser ouvida em Termo Circunstanciado (TC) e deverá ser encaminhada ao Núcleo de Atendimento Integrado (NAI), onde aguardará as providencias da Justiça da Infância e Juventude.
INFANTICÍDIO
Por volta das 14h30, quando já se encontrava na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), a delegada Denise Gobbi Szakal foi informada por funcionários da UTI Neonatal que a menina de 7 a 8 meses de gestação que teria sido abortada em um banheiro daquele hospital acabava de falecer. Diante dos fatos a delegada comunicou novamente a Vara da Infância e Juventude, e determinou que fosse redobrada a vigilância na menina, bem como por volta das 16 horas, determinou que o corpo do bebê do sexo feminino, com aproximadamente 3 quilos, foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passou por necropsia e exames complementares que indicaram as causas da morte.
Falando à reportagem a delegada Denise Gobbi Szakal informou que a adolescente de 15 anos, teria escondido a gestação da família com medo do pai que seria muito bravo. Ainda segundo a delegada em uma atitude cruel, a menina fez uma bola de papel e enfiou na garganta da filha que havia acabado de nascer para que ela não chorasse. Em seguida enrolou a bebê em papel toalha e a jogou no lixo.