Por volta das 15 horas desta quinta-feira (15), uma espuma suspeita cobriu parte do leio do rio Mogi Guaçu, em Cachoeira de Emas. O fato inicialmente foi constatado por pescadores e alguns moradores do local quando uma densa espuma branca se formou nas corredeiras nas proximidades do Ecomuseu. A origem da espuma ainda é desconhecida, mas especialistas acreditam que seja proveniente de lançamentos externos no leito do rio.
“Nenhum característica natural da água proporciona essa espuma branca. Isso só é ocasionado por algum efluente externo que está sendo lançado no rio. Esse tipo de espuma nós temos visto com certa frequência no Mogi Guaçu, mas em pequenas quantidades. Agora hoje está totalmente atípico. Nós podemos sentir também que a espuma exala um odor ácido, que incomoda”, disse o pesquisador e cientista Fábio Sussel, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – Apta de Pirassununga.
Em relação ao impacto ambiental, somente o tempo poderá mostrar os reais danos. “Muitas vezes o impacto não é perceptível aos nossos olhos. Talvez não aconteça uma mortalidade de peixes grande. Entretanto isso mexe com toda química da água e pequenos microorganismos que são muito importantes. Isso interfere na fisiologia desses peixes e isso pode estar afetando na próxima estação reprodutiva”
A comunicação da espuma aconteceu por volta das 16. O órgão ambiental Cetesb foi acionado pela Apta e deverá investigar o caso. Na manhã desta sexta-feira (16) a Cetesb esteve em Pirassununga para colher amostras da água do rio.
Fonte: Difusora Pirassununga