A pesquisa foi desenvolvida no mês de janeiro nas 21 cidades da base do SINDBAN – Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região, onde foram coletadas informações em 159 agências de 11 bancos. Diretores e assessores do SINDBAN entrevistaram 1.342 bancários, sendo 767 mulheres (57%) e 575 homens (43%). A pesquisa traçou o perfil da categoria identificando questões como gênero, raça e orientação sexual, além de dados referentes a questões salariais, qualificação e assédio dentro do local de trabalho.
Infelizmente, a realidade da mulher bancária é que ela tem mais formação, porém continua ganhando menos que os homens. A maioria é de jovens, casadas, com boa formação educacional, porém continuam recebendo salários mais baixos. “Com esta pesquisa pudemos comprovar mais uma vez que as mulheres continuam recebendo menos que os homens, mesmo com uma formação melhor. Precisamos ampliar ainda mais as discussões políticas para reconhecimento e respeito da mulher na categoria bancária”, afirmou o presidente do SINDBAN e vereador, José Paiva.
O que ficou evidenciado no Perfil da Mulher Bancária é que 22,03% delas têm menos de 35 anos, comprovando que a categoria rejuvenesceu, já que apenas 12,13% das mulheres têm idade acima de 46 anos. A maioria delas é casada (51,50%) e cerca de 45% possuem filhos, ressaltando a importância de manter a luta da categoria por um auxílio creche justo às bancárias.
DESIGUALDADE RACIAL
As mulheres negras no sistema financeiro continuam sendo minoria. Das 767 mulheres que responderam o questionário, 91,79% são brancas, contra 2,74% de negras. Para mudar este quadro, o Sindicato atua junto ao Núcleo de Gênero, Raça e Orientação Sexual da Contraf-CUT, onde reuniões e ações sobre o assunto são realizadas durante todo o ano.
A vice-presidente do Sindicato, Angela Ulices Savian, faz parte do Núcleo e ressaltou durante a coletiva as ações desenvolvidas em 2013 e previstas para 2014. “Reunimos-nos com representantes da Fenaban em 2013 solicitando que fosse incluída uma cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho que exigisse a contratação de 50% de bancários negros, porém a Fenaban não aceitou. Não desistimos e vamos continuar na luta para aumentar a equidade de gênero dentro da categoria”, afirmou.
ASSÉDIO MORAL EM ALTA
Dois itens da pesquisa do Perfil Bancário eram referentes à discriminação e o assédio e a resposta foi alarmante: 21,25% das mulheres afirmaram que já sofreram algum tipo de assédio, sendo a maioria assédio moral. Houve um aumento no número de mulheres que sofreram assédio se comparado ao ano passado, já que em 2013, 18,13% das entrevistadas fizeram esta afirmação. Que sofreram algum tipo de discriminação no ambiente de trabalho foram 5,97% mulheres, contra 6,87% em 2013.
Dentro da programação Aldo Luis Rocha Diretor do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região – Delegado junto a Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso, completa que o sindicato esteve nas agencias homenageando as mulheres bancárias e clientes com apresentação de uma esquete e entregando um jornal comemorativo, abordando a luta das mulheres por uma sociedade mais igualitária, e finalizando com uma apresentação musical a todos (as) os (as) presentes. O Sindicato ofereceu um almoço às mulheres da Imprensa como forma de homenageá-las pelo dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher.
ALDO LUIS ROCHA
Diretor do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região
Delegado junto a Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso.