Associação dos Canoeiros do Rio Mogi Guaçu promoveu no último dia 24 de maio de 2014 uma navegação a remo pelas águas do Rio Mogi Guaçu. A iniciativa foi do canoeiro Rui Ramos que juntamente com seu filho Cesar e a participação dos canoeiros, Lula Angelucci, Bataclin, Edison Loneiro, Andre da Jule, Pilon, Mauro Balibox e seu filho Murilo, Edson da casa da Borracha, Valdecir Kiko, Osvaldo Belo e seu filho Gustavo, Luiz Fernando Espírito Santo e Neno da madeireira fizeram essa excursão.
Em sete embarcações eles saíram da Sede da Associação às 08h30min, sob chuva, rio abaixo, com o objetivo de apreciar os acidentes geográficos do leito do rio e suas margens, considerando o pouco volume de água que o rio apresenta. Na época o nível do rio estava com 0,76 metros medidos na régua localizada na base do cais do Porto.
“Essa medida não significa a profundidade do rio ao longo do percurso, é um controle de medida de vazão de água naquele local, através de equações analíticas denominada curva-chave, que é uma relação nível-vazão numa determinada seção do rio, importante para caracterizar uma bacia hidrográfica, fazer a gestão de recursos hídricos, definir se a bacia tem potencial hidroelétrico e/ou de abastecimento de água, para que se possa realizar um planejamento urbano adequado”, comenta o Geólogo Sergio Antonini.
“Em projetos de obras hidráulicas, as vazões mínimas são importantes para se avaliar, por exemplo, calado para navegação, capacidade de recebimento de efluentes urbanos e industriais e estimativas de necessidades de irrigação; as vazões médias são aplicáveis a dimensionamentos de sistemas de abastecimento de águas e de usinas hidrelétricas; as vazões máximas, como base para dimensionamento de sistemas de drenagem e órgãos de segurança de barragens, entre outras tantas aplicações.”
Navegaram 30 km até chegar às 19 horas à ponte que interliga a Usina “Vassununga” com a cidade de Descalvado, onde pernoitaram em barracas armadas às margens do Rio. No dia seguinte logo cedo navegaram rio abaixo por mais 19 km até chegar às 14h00min na balsa, no Distrito de Santa Eudóxia, município de São Carlos. Participaram do apoio terrestre os canoeiros, Reducino, Natalino, Waltinho Angelucci, Marcelo – Nariz, Faria, Marcos Angelucci, Valdir Fadel, Dinho e Luiz da Jule e Junior.
No trajeto puderam fotografar e filmar o canal do rio, importantes corredeiras, como a dos Gaviões, dos Patos, do Rebojo, Escaramuça, Porto Pulador, os bancos de areia, as condições das barrancas do rio, a mata ciliar, a foz dos afluentes do rio, e condições para pesca.
“No trajeto, após a Ilha dos Patos o rio não apresentava profundida tão rasa como próximo a Ponte Metálica”, observou o canoeiro Rui Ramos.
“Estamos programando em breve outra navegação desse tipo, com o objetivo de chegar até o município de Guatapará, para contemplar toda a riqueza que o rio tem e as voltas meandrantes naquela região”, complementou o Sr. Edison, presidente da Associação.
