O Mundo se encontra guiado por satélites de visão anos luz superior a visão da águia e por homens que não conseguem enxergar os limites da própria liberdade. Isso tem gerado um desconforto insustentável na sociedade pós moderna. Afinal, a dinâmica e universalidade do sistema capitalista tem deixado marcas profundas na história do mundo. Pois os governos escolhidos pelo voto direto não são capazes de realizar as transformações socioeconômicas e político-culturais que se expressa na moral de um governo ético.
A autonomia do cidadão foi colocada às margens da perspectiva humanitária e esse eco com a liberdade, causa ruptura no bem estar do indivíduo. É exatamente isso que a democracia do Brasil tem realizado com a cidadania do brasileiro. Essa maxissima produção de anarquia sem nenhuma perspectiva com a ética, que tende a alienar o homem, rompeu com a conservação moral do ser humano. E aquela esperança de transformação social foi demolido por um Estado opressor e maquiavélico, o que o torna bruto e cruel com a moral humana.
Devido essa postura, amontoa-se os corações que desejam veemente livrar-se dessa prática anarquista e miserável da politica brasileira. Há uma solução óbvia? Se o socialismo tivesse essa potência, creio que esse País já teria virado a página ao socialismo. Sem uma fonte segura, incha-se as fileiras do militarismo. Um mão de ferro implacável e cruel, que não tem piedade e misericórdia de seus oponentes.
Esse foi o relato colido por R.B, uma ex-estudante de sociologia em tempos de ditadura militar. Ela me disse sobre as tristezas dessa época. Onde que, quem estudasse História, Geografia e Sociologia entrava na lista negra desse – imperador da crueldade. – Tanto que, na cidade de São Carlos, onde ela estudava, presenciou amigos de faculdade desaparecendo misteriosamente, assim como professores, cujos corpos até hoje não se sabem aonde foram parar. A maneira mais segura de enfrentar o opressor seria enrolar-se em uma bandeira do Brasil, onde por lealdade à Pátria, eles não agrediam ou vitimavam seus oponentes. Um holocausto político fora criado nesse País na ditadura militar e agora, por que os brasileiros acham que a ditadura seria a solução para aniquilar com a anarquia da falsa democracia? Somente a DEMOCRACIA, acabaria com a farra da falsa democracia. Isso mesmo. Alienar-se e depois retroceder-se, é tão vulgar e estupido, quando oprimir judeus porque Hitler massacravam os judeus no holocausto da indiferença. E não era isso que a ditadura fazia? Onde nenhum brasileiro sequer poderia emprestar um copo de açúcar ou óleo para um judeu, que seria considerado um traidor da Pátria?
Parece que o brasileiro ama ser oprimido. Gosta de barbárie, do malandro, cafajeste. Porque uma sociedade capaz de criar nova vivência e universalizar a liberdade, não retrocede para o lado intimo da ignorância. E se o criador dessa anarquia foi o povo, que o povo seja democrático para exterminar essa criatura bizarra e monstruosa, com ideologia. Porque inimigo não vence com violência, mas com ideologia. Contra essa imoralidade política e imoralismo ético, apresenta-se a consciência. A consciência livre de formar conceitos pautados pela gestão da cidadania. Porque as metodologias de governo que já foram implantadas no País, sabe-se que o melhor remédio ainda seria salvar a democracia.
Um povo sem democracia é um povo sem liberdade. E um povo sem liberdade é um povo sem cultura. E um povo sem cultura, forma-se uma legião de alienados, sem esperança. Talvez seja isso que marca o grande paradoxo a causar profunda angústia na democracia. Creio que a democracia desmembrou-se de sua alma, quando a sociedade retirou-se de seu espírito aquela sociedade conservadora, cujos valores passavam a orientar toda a ideologia, formando assim a liberdade para pautar valores que requer a verdade sobre a democracia.
Alex Magalhães é escritor em Porto Ferreira.
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