Com o nível dos reservatórios abaixo da média, o abastecimento de água começou a ser racionado, desde a última quinta-feira, 28, em Santa Cruz das Palmeiras.
Palmeiras com pouco mais de 30 mil habitantes é a primeira do Estado a adotar oficialmente o racionamento este ano. O fornecimento está sendo cortado das 8 às 16 horas para reduzir o consumo atual, de 10 milhões de litros por dia.
Moradores que forem flagrados lavando carros, calçadas ou desperdiçando água podem ser multados em até R$ 950, conforme lei municipal. De acordo com o chefe de gabinete Jorge Alberto Galimberti, por enquanto as pessoas estão sendo advertidas. "A ideia é orientar, mas se não houver colaboração, vamos passar a multar."
Das três represas, apenas uma está com o nível aceitável. As outras estão com volume abaixo de 50% – na Represa David, o fundo já está visível.
Segundo o Departamento de Água, este ano choveu 350 mm a menos que no mesmo período de 2017, com a última chuva em 10 de maio. "Estamos entrando em racionamento muito antes do que esperávamos. No ano passado, só foi necessário racionar no início de setembro", disse o prefeito José Bussaglia, que assumiu a prefeitura na quarta-feira, 27 – a cidade teve eleições suplementares. Segundo ele, o município passa por racionamentos desde 2014 por falta de investimentos para ampliar as captações.
Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Ceptec)
Conforme o Ceptec do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, os últimos dias foram marcados por baixos índices de umidade do ar no interior de todo o Estado de São Paulo.
Nos próximos dias, não haverá mudanças significativas no clima, permanecendo a condição de elevada variação de temperatura e baixos níveis de umidade relativa do ar, fatores que elevam o consumo de água e o risco de queimadas.
https://www.terra.com.br/noticias/brasil/cidades/com-represas-baixas-santa-cruz-das-palmeiras-e-primeira-cidade-a-racionar-agua,4108808abd485bb8a90640440a5e5dfedac9lw24.html