A lua-de-mel do prefeito Rômulo com os vereadores da bancada governista pode estar com os dias contados. A notícia do pagamento dos R$ 520 mil à vista para a Comissão de Estruturação da Caixa Econômica Federal (CEF) para a liberação dos R$ 26 milhões foi indigesta para a maioria dos edis que apoiam a atual administração.
Os vereadores exigem uma audiência de portas fechadas com Rômulo para dar maiores explicações e justificar a saia-justa. E sobre o motivo de ter mantido em segredo e guardado a sete chaves algo tão importante que causou uma situação embaraçosa junto aos eleitores e correligionários.
A data provável da audiência seria dia 15 de outubro, terça-feira, no Gabinete do Paço Municipal. O horário ainda não foi confirmado.
Com exceção do Professor Sérgio, que se declarou publicamente contrário ao financiamento, e o presidente da Câmara, Gustavo Coluci, que só se pronuncia em caso de empate do plenário (o chamado “Voto de Minerva”), nove vereadores endossaram a formalização do contrato com a CEF.
Foram eles que votaram pela aprovação do projeto de financiamento de R$ 26 milhões: Alan João, Dentinho, Cabo Eduardo PitBull, Élcio Arruda, Kiko Mecânico, Gideon dos Santos, Ismael da Farmácia, Marcelo Ozelin e Renato Rosa. Entre esses, a maioria quer uma conversa do tipo olho no olho. Na verdade, pedem mais que uma satisfação.
O que mais incomodou os vereadores ligados às igrejas evangélicas foi o fato do prefeito ter omitido, em reuniões preliminares, que seria retirado dos cofres públicos uma quantia que está além da conta. E ainda: que a garantia do financiamento seria o FPM, fundo que destina verbas federais vinculadas à Saúde e à Educação.
