Pobrezinha da Cenostigma pluviosum. Foi plantada com tanto esmero para crescer, florir e fazer sombra. Seu destino foi o mesmo de tantas espécies que foram atacadas na história recente de Porto Ferreira.
Ó, sibipiruna, árvore frondosa, que tanto contribuiu para fornecer ar fresco aos cidadãos.
Como é que um prefeito com tanto ódio de sua presença permite que seja extirpada da paisagem urbana.
Ó, indivíduo perenifólio, com suas folhas miúdas, que tanto incomodam àqueles que possuem casas com as velhas calhas. Que mal fizestes para esses homens sem coração?
Ó, Magnoliopsida, será porque és facilmente confundida com o pau-brasil ou pau-ferro pela semelhança da sua folhagem?
Mas de que adianta tanta súplica? Essa semana mais uma árvore foi extinta do passeio público para atender os anseios do progresso. A atual administração municipal permite que suas raízes sejam arrancadas, sem piedade.
As redes sociais clamaram por sua existência, entretanto a presença do homem foi nefasta. Deceparam uma árvore com mais de 40 anos e em perfeito estado.
“Parabéns pra vocês cidadãos que poderiam morar no deserto e não se incomodarem com as folhas ou com o beneficio que elas trazem para todos nós”, afirmou uma pessoa no Facebook.
O massacre da serra elétrica continua. Por determinação de um gestor que possui a sanha de mandar fazer sem pensar no futuro, com isso nossas árvores estão sumindo do horizonte e o “calor escaldante” toma conta de nossa querida Porto Ferreira.
Cruel e esquizofrênica administração pública. Aqui jaz mais uma sibipiruna. Descanse em paz.