Milhares de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) passam pelo Centro de Especialidades Médicas e Imagem “Dr. Américo Montenegro” (conhecido como Postão). Era para ser um local aprazível e agradável, por dentro e por fora, para atender a população que busca serviços essenciais todos os dias.
E qual é a impressão que se têm? Que o governo Rômulo não se importa com a qualidade do atendimento e muito menos com o conforto desses pacientes. Em julho de 2019 foi anunciada a reforma. Mas até hoje só foram promessas. Qual o motivo da demora de seis meses?
Do lado de fora, o alambrado está caindo aos pedaços, literalmente. Um dos pilares de sustentação tombou devido a uma rachadura na base. O jardim da fachada principal não recebe os cuidados necessários e o mato ultrapassa os limites da cerca.
Esse descuidado chamou a atenção da aposentada Maria do Carmo, 59 anos. Ela mora no Jardim Águas Claras e sempre procurou o Postão para passar por consultas.
Só que ela não sabe que o agendamento dessas consultas ainda é feito em agendas de papel e que o cadastro da rede não foi informatizado. A falta de transparência é diretamente proporcional à incompetência do atual governo.
“Quando inauguraram esse prédio para virar o postão a gente achou que iria melhorar cada vez mais”, afirmou ela. “É muita judiação deixar o povo ali sentado, a gente vê que ninguém cuida, que não se importam”.
O imponente equipamento público do CEMI já foi um dia a Escola Industrial. Na competente gestão do prefeito Maurício Rasi, em seu primeiro mandato, pensou-se em centralizar o atendimento das especialidades naquele local. Com uma campanha no meio empresarial foi possível executar as reformas. Em 2016 o Centro foi revitalizado. Desde então a manutenção foi zero.
Hoje é o retrato do descaso. Há quanto tempo os servidores públicos que atuam lá não recebem capacitação para um atendimento humanizado? Quando é o povo que sofre a administração municipal fecha os olhos.