O povo não é bobo. Em setembro de 2018 o site oficial da Prefeitura de Porto Ferreira anunciava, com pompa e circunstância, a seguinte notícia: “Prefeito acompanha obras de recapeamento da avenida Comendador Assad Taiar”. Para mais informações basta acessar o link : (https://www.portoferreira.sp.gov.br/noticia/prefeito-acompanha-obras-de-recapeamento-da-avenida-comendador-assad-taiar)
Pois bem, houve a revitalização da via que é o prolongamento da avenida Rudolf Streit em sentido da região Leste e que dá acesso a vários bairros, entre eles o Jardim Dornelles, São Pedro, Jardim Independência, Jandyra, Modelo e Vytória.
A notícia ainda destacou: “As obras são feitas com recursos do Governo Federal, intermediados com apoio do superintendente da Agência Reguladora de Porto Ferreira (…)”. E assim as coisas aconteceram, o dinheiro do povo foi investido. Parabéns, nota cem. Mas aí vem a nota zero e a reprovação.
Um ano e meio depois o que fez o governo Rômulo? Preocupado em reverter obras em votos, permitiu que se fizesse um rasgo de fora a fora no asfalto novo para “criar” um canteiro central “divisor de fluxo”. Aquele recape zero quilômetro ganhou uma ferida de 2 metros de largura por 2 quilômetros. A que custo? Tudo para gastar o dinheiro do Governo do Estado.
Ou seja: optou-se pelo desperdício. Tirou um produto e colocou outro. Não houve planejamento. Será por que está sobrando dinheiro? Por qual motivo não se investiu em tapa-buracos? Existem ruas e mais ruas que estão um “queijo suíço” de tanto buraco. Isso todo mundo sabe. E a Prefeitura faz de conta que não vê.
A justificativa foi a tal “readequação geométrica para reordenação do fluxo de veículos”. E mais penduricalhos para torrar a grana: ciclovia segregada, de sinalização horizontal e vertical de trânsito na avenida. Sem falar no tais dispositivos de acesso aos bairros.
A falácia da atual administração municipal já começa quando a notícia de 2018 informa que haveria “uma ciclovia no canteiro central (…) terá 1,1 km de extensão e ainda está prevista uma ciclofaixa de 400 metros”. Mas onde está o projeto de viabilidade da ciclofaixa ou da ciclovia? Alguém viu? Ou será que o prefeito quer beneficiar algum proprietário de imóvel naquela região da cidade?
Nas palavras de Rômulo Rippa, a Prefeitura participa de um programa de metas para redução do número de acidentes de trânsito e as intervenções em diversos pontos da cidade proporcionarão mais segurança para todos. Oxalá a remodelação resolva de vez o problema. Caso contrário, mais uma vez o governo usará naquela obra seu carimbo da incompetência e do desperdício.