O coronavírus veio para mudar nossa rotina e nosso jeito de ver e respeitar o próximo. O isolamento social, ficar em casa e evitar contato com pessoas é a única forma de diminuir a velocidade com que o vírus se propaga. Essa decisão de colaborar e ficar em casa é um ato de solidariedade para com o próximo.
O PRÓXIMO pode ser sua mãe, pai, avós, marido ou esposa doente, um filho se recuperando de uma doença, ou alguém que acabou de descobrir que está doente. Todos esses fatores por si já são estressantes, mas por hora, soma-se o perigo real de contrair um vírus que pode ser fatal.
O simples ato de ficar em casa dá a essas pessoas uma chance. A chance é de conseguir atravessar o período crítico da disseminação sem se contaminar. Aqui nos Estados Unidos onde eu moro, no estado de Nova Jersey no dia 4 de março tínhamos o primeiro caso. Hoje são 729, com 9 mortes. Amanhã tenho certeza que esse número aumentará em muito, porque ontem eram 426. Esses dados não são para desesperar, mas para conscientizar cada um sobre nossa responsabilidade pelo coletivo.
Um vizinho idoso, o marido doente, um filho se recuperando de quimioterapia, dependem da nossa atitude de ficar em casa. Parece pouco, mas isso significa muito. Pensem antes de sair de casa!
Um outro ponto importante é como falar com as crianças sobre a pandemia. Uma forma simples é explicar em linguagem apropriada à idade que temos o dever social de ajudar ao próximo, que muitas pessoas estão dependendo da nossa atitude de ficar em casa por um período de tempo determinado pelas autoridades sanitárias.
Esse é um bom momento para se conversar sobre a importância da solidariedade, do trabalho em conjunto e paciência em prol de um bem maior. Pensemos que todos estamos juntos nesse sacrifício. Quando digo todos, me refiro a metade do mundo nesse momento.
É uma ação conjunta de diferentes povos, em diferentes partes de mundo lutando contra um vírus. Essa mensagem pode ser um bom começo de uma discussão em família sobre como a atitude irresponsável de um pode comprometer a vida de muitos.
Basta ler na mídia os inúmeros casos de pessoas que quebraram a quarentena e infectaram dezenas. Pensemos coletivamente e mais do que nunca todos nós temos um chamado de solidariedade para proteger os mais vulneráveis.
Precisamos de ações individuais para controlar a disseminação do vírus. Nossos pais envelhecidos, nossos avós, filhos doentes, maridos debilitados agradecem! E nós, seus familiares mais ainda!
* Cinara Sommerhalder é ferreirense, psicóloga, e atualmente mora nos Estados Unidos, e possui familiares em Porto Ferreira