Enquanto houver bambu- XXXI

Só os Ramalhos entenderão:

“De Kryptônia desce teu olhar

E quatro elos prendem tua mão

Cala-te boca companheiro

Vá embora que má-criação

De outro jeito não se dissimularia

A suma criação

E foi o silêncio que habitou-se no meio

Ele é o cometa fulgurante que espatifou

Um asteroide pequeno

Que todos chamam de Terra.”

*

O anúncio da escolha do Centro Dia do Idoso, de forma precipitada, para montar o hospital de campanha, mostra que a atual administração continua batendo cabeça. O Centro Dia do Idoso é a maior distância em quilômetros para a unidade de referência de saúde.

*

Um pré-candidato a prefeito, cujo nome será divulgado em breve, foi denunciado ao Ministério Público Federal, que encaminhou a manifestação para o âmbito municipal. O tal político cometeu o deslize ao postar algumas fotos nas redes sociais. Os abusos incluem coação de servidor público.

*

A concessionária da Zona Azul, diante da pandemia de coronavírus, mantém apenas um monitor nas imediações da praça Cornélio Procópio para atender toda a clientela do centro comercial, como foi observado por um usuário na última quinta-feira, 16. Isso é desumano. Alguém poderia denunciar essa empresa por trabalho escravo.

***

PRIMEIRO ATO.

Era uma vez…uma prefeitura de uma cidade muito, mas muito distante. Era governada pelo prefeito Pantagruel, filho de Gargântua e Gargamela. Pouco tempo depois de iniciar seu reinado, Pantagruel aprendeu a se lamentar e a gritar.

*

O prefeito Pantagruel, desde que nasceu, não soube chorar como as outras crianças. Só sabia berrar. E berrava em voz bem alta. As serviçais do castelo de onde mandava nos outros, ouviam pela janela a voz com tanta força que saía de sua bocarra.

*

O seu serviçal mais querido era o Papa-Moscas que aplaudia de pé quando Pantagruel vociferava: “Não sou mentiroso, não sou mentiroso, bando de desocupados”.

*

O que não é verossímil na vida do prefeito Pantagruel? E a proposição foi declarada mamariamente escandalosa, ofensiva aos ouvidos piedosos e cheirando de longe a hipocrisia.

*

SEGUNDO ATO

Pantagruel, sendo ele chegado à idade, seu pai ordenou que lhe fizessem vestimentas com as suas cores, que eram o branco e o azul. Tratou-se disso, de fato, e foram feitas, cortadas e cozidas as vestes, de acordo com a moda do tempo.

*

Então, seu pai percebeu que realmente ele estudava muito bem e dedicava todo o seu tempo, e todavia, nada aproveitava. E, o que era pior, tornava-se tolo, simplório, sempre pensativo e distraído.

*

O prefeito Pantagruel era visto por todo mundo com grande admiração, pois o povo não era tolo. Conseguiu, certa vez, reunir no meio de uma praça, mais gente que faria um bom vendedor de bugigangas no mercado popular.

*

Com sua conversa tola, agradeceu aos honestos e malandros pela acolhida. Foi da última vez que teve razão. Logo depois foi se refugiar sob as torres do castelo.

*

TERCEIRO ATO.

O prefeito Pantagruel descobriu uma fresta. Em um momento, decidiu novamente gritar aos bons ventos. Os vassalos riram dele sem que soubesse.

— Por que só aqui, por que só aqui?, zurrava como um asno.

Cessados de todo aquele risos, Pantagruel consultou Panurge sobre o que convinha fazer. E Ponogrates, seu velho amigo que passava pelo fosso do castelo, foi de opinião que se fizesse os vassalos dormir no catre quando adoecessem.

*

E visto que ele os divertira e os fizera rir mais do que teria feito seu irmão Giomélio, determinou que lhe fossem comprados os dez palmos de salsicha, juntamente com uma montanha de pães caseiros, uma travessa bem grande e funda.

*

Mas os tossidores foram chegando. O bom foi quando o tossidor mais velho, gloriosamente, pelo ato realizado anteriormente, requisitou as suas salsichas e os pães.

*

ATO FINAL

Os jogos de Pantagruel o deixava entediado. Depois de lavar as mãos, limpava os dentes e conversava alegremente com a sua gente. Após estender o pano verde, traziam-se as cartas, os dados e os tabuleiros necessários para jogar.

*

Seus lúdicos preferidos eram sequência, prima, geral, monte, cento, passa-dez, trinta-e-um, par-e-sequência, campainha, sorte, três dez, mesa, nique-noque, trezentos, e aquele que mais jogava: toda-a-mesa.

*

EPÍLOGO

Sempre depois de ter bem se divertido e passado o tempo, durmia umas duas ou três horas, sem pensar nem falar em coisas aborrecidas. Quando acordava, abanava um pouco as orelhas.

*

A esse novo episódio deram o nome de “Os horríveis e apavorantes feitos e proezas do mui renomado Pantagruel”.

*

Alguém disse por aí que a venda da folha do PortoPrev tem gato na tuba. Sabe-se que, no passado, as tais “vidas” dos servidores aposentados e os pensionistas entraram em uma negociata para conseguir mais dinheiro na concorrência.

*

O que poucos sabem é que a atual administração pretende “incluir” essas vidas na nova concorrência, mas não avisou que elas já haviam sido “vendidas” no negócio passado. Legalmente, há duplicidade ou não?

*

Será que esse “detalhe” vai passar batido pelo tão rigoroso “conselho”? Ou será que os mandatários do instituto serão coniventes com essa artimanha? Bem esperto o senhor prefeito RR, não é mesmo. Para quem se diz honesto precisa mesmo parecer honesto.

*

Quando o tal “bando de desocupados” vai sair da toca? Ficar colocando a culpa de sua incompetência em pessoas que nem existem é pura falta de criatividade.

*

O Cidão Chovê, a Rosinha Chuvisco, o Salvador Beleza, o Lazinho Cadeado e a Nê estão meio sorumbáticos de tanto passar álcool em gel nas mãos. Em toda a loja e em todo lugar onde vão fazer compras as pessoas oferecem um pouquinho.

*

O Senhor Voto de Minerva, vulgo Cabôco Mamadô, está feliz da vida. Soube que vai sobrar dinheiro no caixa para fazer implante capilar. Também pediu o catálogo de cores das novas madeixas, porque os fios brancos podem mostra a idade. Puff!Puff!Puff!

*

O Cabôco Mamadô, que na verdade se esconde sob a toga do Senhor Voto de Minerva, decidiu botar as asas de fora. Usou de sua prerrogativa de vereador e soltou os cachorros na tribuna na Câmara.

*

O passarinho verde e o anu branco ouviram dizer que, caso as eleições municipais não sejam realizadas em outubro, e também não serem realizadas em dezembro de 2020, o prefeito RR não poderá ficar no cargo.

*

Falando em eleições, a próxima data chave do calendário será dia 20 de julho, quando estará permitida a realização de convenções para a escolha das coligações e candidatos a prefeito, vice-prefeito e a vereador.

*

Reza uma antiga lenda que uma secretária municipal estaria descontente com os fornecedores de produtos e serviços prestados em equipamentos públicos. A ordem é convocar os antigos fornecedores, que sempre ofereceram melhor qualidade no atendimento das demandas, para que se cadastrem como futuros fornecedores da Prefeitura. Chefe nova é outra coisa.

*

Uma pergunta que não quer se calar é: quem seria o empresário ferreirense que poderia liderar um movimento para conseguir reabrir, ao menos que parcialmente, as portas das lojas e estabelecimentos comerciais na cidade?

*

O nosso querido “Detritódromo”, lá pelas bandas do Jardim Águas Claras, também conhecido como “Famosão”, poderia se transformar em um espaço de lazer para a vizinhança.

*

Mais um capítulo da novela “Câmara à la carte”. A pedido do czar-mor RR, o Grande Ripanopovo, quer que os vereadores cortem a tal “mão invisível” da economia liberal para evitar a crise criada pela pandemia. Os edis querem saber se é a direita ou a mão esquerda.

*

Só as Simones entenderão:

“A cigana leu o meu destino

Eu sonhei!

Bola de cristal

Jogo de búzios, cartomante

E eu sempre perguntei

O que será o amanhã?

Como vai ser o meu destino?”

*

O título da coluna é uma homenagem aos “payaguaes” ou paiaguás, grupo indígena que, segundo a história, habitava o vale do rio da “Cobra Grande”. Tinham um código de honra que impedia que um guerreiro recuasse em batalha.

****

Afinal, do bambu saem as flechas. Enquanto ainda existir bambu, lá vai flecha.

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