Só os Robertos entenderão:
“Já está chegando a hora de ir
Venho aqui me despedir e dizer
Em qualquer lugar por onde eu andar
Vou lembrar de você
Só me resta agora dizer adeus
E depois o meu caminho seguir
O meu coração aqui vou deixar
Não ligue se acaso eu chorar
Mas agora adeus.”
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Para os poetas do fim do mundo. Pedra fundamental é diferente de pedra filosofal. Uma arde e a outra alimenta. Uma afaga e a outra apedreja. Uma enterra e a outra renasce. Uma permanece e a outra voa. Uma lembra e a outra faz recordar. Uma engasga e a outra difere. Uma peristalta e a outra defeca. Uma elege e a outra sufraga.
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Os “Puxadinhos Pro Turista” custam mais caro que uma ambulância? Como assim? Dinheiro para comprar remédio não tem, mas para instalar “Puxadinhos” na Avenida do Comércio tem.
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O prefeito RR pode ter cometido a sétima falha no chamado “jogo dos 7 erros”. Houve um erro de cálculo legal em um procedimento licitatório que ameaçará sua reputação. Para se safar vai colocar os vereadores na berlinda. Também pudera. Ninguém lê nada do que assina.
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Nem as autoridades responsáveis pela fiscalização das aglomerações estão suportando a pressão. Um boletim foi enviado ao pessoal da Vigilância porque os registros de aglomerações estão acima do limite esperado.
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Tudo ao Ginga. OK, você venceu. Pode ficar com tudo. Ao vencedor as batatas.
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O Zé Faísca foi o único que acreditou na ideia. Manteve firme seu propósito e merece uma menção honrosa da coluna. Lutou bravamente. Como se diz por aí, o sistema é mais forte.
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O Cidão Chovê, a Rosinha Chuvisco, o Salvador Beleza, o Lazinho Cadeado, e a Nê ganharam esta semana a visita do Tanta. Todos pegaram a Covid-19 e morreram. Foram parar debaixo da terra para os vermes comerem. Restou apenas a saudade de todos esses personagens populares.
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O Senhor Voto de Minerva, vulgo Cabôco Mamadô, vai continuar fazendo o que sempre fez: enganando os outros. O tempo dirá se tem ou não razão. Nunca alguém enganou tantas pessoas ao mesmo tempo.
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O Cabôco Mamadô, que na verdade se esconde sob a toga do Senhor Voto de Minerva, vai poder provar que realmente sabe fazer a lição de casa.
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O passarinho verde e o anu branco têm certeza: para todo mal há uma cura. E aquele que fez o mal será extirpado do mundo. E não adianta falar em elite branca, perseguição política ou algo parecido. Não aprendeu por bem, vai aprender da forma adequada. A resposta o tempo dirá.
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Último capítulo da novela “Câmara à la carte”. A pedido do czar-mor RR, o Grande Ripanopovo quer que os vereadores façam o teste da caligrafia e o de psicotécnico. A coisa está feia. Não apresentaram sequer uma reforma, fosse ela tributária ou administrativa que conduzisse a cidade para o rumo que merece. Porque a atual legislatura ganhou o troféu “Faz rir”.
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Só os Geraldos e as Elbas entenderão:
“Já vou embora
Mas sei que vou voltar
Amor não chora
Se eu volto é pra ficar
Amor não chora
Que a hora é de deixar”
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O título da coluna foi uma homenagem aos “payaguaes” ou paiaguás, grupo indígena que, segundo a história, habitava o vale do rio da “Cobra Grande”. Tinham um código de honra que impedia que um guerreiro recuasse em batalha.
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Afinal, do bambu saíram as flechas. Cessam-se os bambus. Acabaram-se as flechas. Até uma próxima oportunidade.