Covid-19: Elson Longo fala sobre pioneirismo no desenvolvimento de tecidos antivirais

Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em associação com a Universidade Jaume I e a empresa de tecnologia Nanox, desenvolveram um tecido com propriedades antivirais capazes de eliminar o agente causador do Covid-19.

O material é feito de nanopartículas de prata e sílica e remove vírus em dois minutos. O tecido já está sendo usado na fabricação de roupas e, em particular, equipamentos de proteção individual (EPIs) para profissionais de saúde.

Mas quem pensa que a tecnologia surgiu com a pandemia está errado. A investigação começou há 14 anos, durante a orientação de doutorado de Gustavo Simões, um dos proprietários da empresa Nanox. "A intenção era produzir um tecido resistente a fungos e bactérias.

Quando o coronavírus chegou, a tecnologia já estava desenvolvida para matar bactérias e vírus”, explica Elson Longo, Professor Emérito da UFSCar e diretor do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e  e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).

O vírus morre devido a um processo de oxidação. “É como se o tecido tivesse mecanismos que possam queimar bactérias, fungos e vírus. Quando você tem uma lesão, há inflamação. Despejamos peróxido de hidrogênio e aí você está oxidando as bactérias. É isso que o tecido faz.

A química orgânica é geralmente usada em processos de remoção de fungos e bactérias. Mas a equipe procurou outra maneira, a Química Inorgânica, combinada com semicondutores. Com sílica e prata metálica, há um efeito plasmônico da prata”, disse Longo.

Esse fenômeno pode absorver elétrons ou fornecer elétrons facilmente. “Vimos que os semicondutores tinham uma grande capacidade de quebrar a molécula de água, formando um radical hidróxido e um próton. Do outro lado, há um elétron para o oxigênio, que forma um íon peróxido e absorve esse próton e forma um radical peróxido. Este radical peróxido e o radical hidróxido oxidam bactérias, fungos e vírus”, explica.

O tecido tem uma durabilidade de dois anos, suporta pressão e altas temperaturas. A ação antiviral resiste a 30 a 35 lavagens e o custo de produção do tecido especial é 5% maior que o normal.

Em relação à inovação e ao progresso na luta contra o Covid-19, o diretor da Nanox, Gustavo Simões, acredita que mais e mais pesquisas fornecem soluções para a sociedade. “O método que desenvolveu a tecnologia é totalmente novo na literatura. A pesquisa foi desenvolvida para que, no futuro, tivéssemos elementos de proteção. Se hoje já tivéssemos roupas com um sistema antibacteriano, estaríamos mais protegidos, a pandemia não nos custaria tanto e poderíamos esperar a vacina com mais calma", avalia Simões.

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Por José Angelo Santilli <santilli.jornalismo@gmail.com>

 

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