No princípio era só uma ideia em escrever um livro sobre o racismo de forma diferente, por isto o racismo invertido ganhou as páginas do livro Quebrando Algemas para Libertar a Mente, do escritor de Porto Ferreira, Alex de Souza Magalhães.
Dentro desta ideia, construiu a ponte no universo do criacionismo, a fim de mostrar de forma subjetiva e clara, que todos os humanos são iguais, independentemente da raça. Martin Luther King, igual a Abraão Lincoln, que é igual a Nelson Mandela, que era tão humano quanto Oscar Schindler e nem um pouco diferente de Zumbi dos Palmares.
Embora trata-se de pessoas com as cores de peles diferentes, todos estão classificados como humanos. Dentro destes elementos o escritor escreveu Quebrando Algemas para Libertar a Mente. E segundo Alex, este é o primeiro livro de literatura que fala sobre racismo, escrito por um ferreirense.
Este mesmo ferreirense garante que realizou uma pesquisa antes, para saber com precisão quanto escritores negros existiram antes deles e quantos livros de literatura sobre racismo foram escritos em Porto Ferreira e assim como Quebrando Algemas para Libertar a Mente foi o primeiro livro a ser escrito, Alex de Souza Magalhães se tornou o primeiro escritor de literatura negro em Porto Ferreira.
“Para mim é uma honra, saber que nos anos 90 enfrentei minha primeira batalha contra o racismo e venci. Mesmo subestimado, os preconceituosos e racistas daquela época me tornaram um ser humano mais fortalecido, dependente de Deus e decidido a vencer, onde tinha tudo para fracassar e desistir, porque não existia uma cultura voltada para o negro como hoje existe, confessa o escritor”. “Essa gurizada negra que vem despertando na literatura em Porto Ferreira, deve muito ao veterano aqui, brinca Alex”.
O “veterano” escritor começou em meados dos anos 90 com seu livretinho de 25 páginas, mas somente agora, no ano de 2021, que ele encontrou o caminho para as grandes conquistas na literatura. “Nunca imaginava que um dia poderia escrever um livro filosófico, de alto teor acadêmico. Foi exatamente isto que aconteceu, com o livro Quebrando Algemas Para Libertar a Mente.Era para ser apenas um livro sobre racismo invertido, mostrando a segregação e o ódio racial que vivi no interior do Rio Grande do Sul, explica o escritor”.
Alex comemora a conquista alcançada, mas lamenta que em pleno século XXI, ainda exista segregação e ódio racial em um País miscigenado como o Brasil. E louva, por ver que o Estado de São Paulo tenha avançado na luta contra o racismo e neste mesmo ritmo, a sociedade ferreirense foi libertando a mente e quebrando as algemas, para construir uma sociedade um pouco mais equilibrada e justa, embora o negro tem muito o que conquistar, haja visto que dificilmente encontre um negro em um cargo de alto escalão em algumas esferas do município.
Mas em tempos de conquistas, não existe espaço para retrocesso. Os neurônios aguçam em comemoração e é isto que o escritor faz, sem nunca deixar de agradecer a Deus, que Alex classifica como seu mentor.
Ele afirma que por causa da classificação editorial da obra, como um livro filosófico e de alto teor acadêmico, o mesmo foi referenciado para ser analisado pela Fundação Editora da Unesp. ´Juntando todo o conjunto da obra, Magalhães disse que o primeiro livro de literatura sobre racismo escrito em Porto Ferreira, deva alcançar um patamar ainda mais elevado e o escritor não esquece de finalizar agradecendo aos leitores, amigos e especial sua mãe, a grande incentivadora dos seus estudos, quando ele pensou em desistir.
Por Alex de Souza Magalhães – alexoescritormagalhaes@gmail.com
