Brasil é um país de energia barata e tarifa cara.” A máxima repetida por especialistas e atores do setor produtivo é reflexo do peso que os encargos setoriais e tributos têm na conta de luz. As obrigações representam quase 40% do custo tarifário total da energia elétrica e, em geral, não estão atreladas ao funcionamento do setor. A pressão na conta de energia impacta toda a cadeia produtiva, incide no preço final dos produtos industriais e afeta a competitividade brasileira.
No Brasil, as tarifas elétricas são usadas pelos governos como forma de arrecadação de recursos tributários e de fundos para o desenvolvimento social. Existem 16 diferentes tipos de encargos tarifários, que tiveram um custo para os consumidores de cerca de R$ 33,1 bilhões no ano passado -o dobro em comparação a 20 anos atrás. Desse total, 9 encargos representam R$ 22 bilhões, usados para cobrir as despesas da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), conforme mostra pesquisa da CNI publicada em 2020.
SUBSÍDIOS ENCARECEM PRODUTO BRASILEIRO
O presidente da Abrace (Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres), Paulo Pedrosa, avalia que o uso de encargos para cobrir políticas públicas é cruel com a indústria e com a sociedade. Como os subsídios sobrecarregam cada etapa da cadeia produtiva, o consumidor pequeno paga, todos os meses, até 3 vezes mais na energia usada nos produtos que ele compra do que na conta de luz da casa dele.
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Fonte: www.poder360.com.br