Principal alvo dos manifestantes que foram às ruas no 7 de Setembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi nomeado para a Corte justamente por ter um perfil conservador, tal qual seus atuais detratores. Indicado pelo então presidente Michel Temer em 2017, Moraes é contra a legalização do aborto, das drogas e da eutanásia, além de defender punições mais duras para menores de 18 anos.
À época, sua indicação tinha por objetivo equilibrar uma suposta predominância progressista nas decisões da Corte. Ex-secretário da Segurança de São Paulo e ministro da Justiça de Temer, Moraes representava uma visão moralista nos costumes, liberal na economia e repressiva aos protestos populares, tal qual o ideário político do governo.
Paulistano e egresso do Ministério Público, Moraes concluiu graduação em Direito na Universidade de São Paulo (USP), em 1990, onde também concluiu o doutorado, 10 anos depois. Atuou como promotor de Cidadania e assessor do procurador-geral do Estado de 1991 a 2002, quando trocou a toga pela política para se tornar, aos 33 anos, o mais jovem secretário de Justiça e Defesa da Cidadania de São Paulo durante o primeiro governo de Geraldo Alckmin (PSDB).
Trabalhador compulsivo, Moraes chegou em março à marca de 635 processos em seu gabinete, uma redução de 90,38% na quantidade de ações herdadas quando chegou ao tribunal.
Veja mais sobre o assunto acessando esse link
Fonte:gauchazh e foto crédito: Rosinei Coutinho / STF,Divulgação