O Ministério Público de São Paulo espera há nove meses informações da Secretaria da Fazenda do Estado que podem subsidiar um processo sobre suspeitas de corrupção dentro do órgão.
As informações foram solicitadas pelo promotor de Justiça Marcelo Mendroni em dezembro do ano passado, em um processo que acusa o ex-corregedor de Fiscalização Tributária Marcus Vinicius Vannucchi de corrupção e lavagem de dinheiro.
Vannucchi que atuou nas gestões Geraldo Alckmin (PSDB), Márcio França (PSB) e João Doria (PSDB) chegou a ser preso em 2019, sob suspeita de cobrar propina dos fiscais que eram investigados na secretaria.
Há suspeita de que, ao acessar informações sobre empresas no sistema, funcionários da Fazenda identificaram se elas estavam irregulares com o objetivo de cobrar propina para não investigá-las. Essas empresas depositaram valores em contas ligadas a Vannucchi.
A prisão de Vannucchi foi um dos grandes escândalos da Secretaria da Fazenda de São Paulo nos últimos anos. Ao realizar busca e apreensão na casa de sua ex-esposa, Olinda, a Polícia Civil encontrou US$ 180 mil (cerca R$ 980 mil em valores atuais) e 1.300 euros (cerca de R$ 8.200) em um "bunker", uma espécie de sala escondida dentro da residência, que fica em Itatiba (a 84 km da capital).
As investigações do Ministério Público apontaram que, após ele assumir o cargo, sua família teve uma "absurda evolução patrimonial". Foram comprados 65 imóveis, e parte deles foi negociada. O patrimônio da mãe do ex-corregedor, uma professora, variou R$ 2 milhões em 2016; o da ex-mulher, entre 2012 e 2018, R$ 7,5 milhões; e o do filho, que nunca trabalhou formalmente, R$ 1 milhão.
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Fonte: br.financas.yahoo.com