Pães, chocolates e doces podem ser considerados uma paixão quase universal, e é isso o que faz esse mercado ser tão atrativo ao empreendedor. Com lojas que vendem o ano inteiro, os brasileiros se entregaram ainda mais ao consumo desses itens durante a pandemia.
Levantamento feito pelo Pão de Açúcar mostra que as vendas dos produtos de marca própria do grupo, na categoria “indulgência", cresceram 37% durante o primeiro trimestre de isolamento social, em 2020. Doces e sobremesas tiveram aumento de 96%, seguidos de biscoitos salgados (85%) e salgadinhos (79%).
Foi também durante esse período que muitos negócios tiveram que se adaptar ao delivery – tábua de salvação mesmo para aquelas empresas que ainda não trabalhavam a modalidade e nem tiveram tempo para treinar os funcionários, organizar as embalagens e fazer o marketing digital para divulgar a novidade.
Nessa corrida contra o tempo, alguns novos padrões de comportamento foram estabelecidos pelos consumidores e são eles que ditaram a forma como muitos negócios funcionam ou passaram a funcionar.
Muito disso foi destrinchado pela nova edição da pesquisa Taste Tomorrow, que foi realizada com 17 mil consumidores, em 44 países, pela Puratos – fabricante de produtos para panificação, confeitaria e chocolate.
De acordo com o material, o futuro da alimentação será guiado por nove macrotendências de consumo, que têm ganhado força a partir dos novos hábitos dos consumidores. São elas: sabor, saúde, frescor, artesanato, estilo de vida ético, transparência, conveniência máxima, experiência de próximo nível e hiper-pessoal.
Cada um desses tópicos identifica por sua vez diferentes microtendências, que englobam desde as preferências de canais de compras até a redescoberta de sabores tradicionais.
Nas palavras de Vitor Campos, diretor de marketing da Puratos, uma das tendências que mais evoluiu foi a de conveniência. Em 2021, 82% dos brasileiros acreditavam que todas as lojas deveriam ter delivery, contra 70% em 2018.
Entretanto, a história muda quando o assunto é padaria e confeitaria. Segundo a pesquisa, qualidade é a principal barreira para vendas on-line de pães e de confeitaria, pois o consumidor teme que os produtos percam a qualidade no processo de compra e recebimento. No caso dos pães, há ainda mais um limitador – a dúvida se receberá o produto fresco.
Por essa razão, Campos diz que o brasileiro prefere manter o hábito de comprar em padarias, fartamente localizadas em todo o país. O mesmo não ocorre em outros países da América Latina, onde a preferência de compra é em supermercados e lojas de conveniência.
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Fonte: Diário do Comércio –