Uma semana após o ataque que deixou quatro mortos e sete feridos em duas escolas de Aracruz, no Espírito Santo, familiares das vítimas compartilham o luto coletivo enquanto os sobreviventes ainda se recuperam e a polícia tenta entender o que motivou o crime e se havia mais pessoas envolvidas.
Eram 9h30 do último dia 25 de novembro quando um adolescente de 16 anos invadiu as escolas Primo Bitti e Centro Educacional Praia de Coqueiral com o objetivo de matar o maior número possível de pessoas, segundo a polícia.
Três professoras foram mortas na primeira escola, onde o adolescente estudou até junho deste ano e a mãe dele deu aula por anos. Na segunda escola atacada, o atirador vitimou Selena Sagrillo Zuccolotto, de apenas 12 anos. A menina estava no sexto ano e tinha recebido recentemente um diploma de reconhecimento pelo seu bom desempenho escolar. Das outras sete vítimas feridas pelo atirador, duas seguem internadas em estado grave.
INVESTIGAÇÃO
A Polícia Civil vai entregar até a próxima terça-feira (06/12) o inquérito policial do ataque. Mas os investigadores ainda querem saber, por exemplo, como o adolescente se planejou para o crime e se teve ajuda de outras pessoas durante sua preparação.
O secretário contou que os pais do atirador já foram ouvidos e que as declarações estavam recheadas de informações que serão usadas pela inteligência da polícia para a investigação.
Luto
As escolas que foram alvos dos ataques devem concluir o ano letivo de forma remota, segundo o secretário de Educação do Espírito Santo, Vitor de Angelo. O estado criou um plano de ações para planejar atitudes a serem tomadas no apoio às vítimas.
De acordo com o secretário, a prioridade no momento não é o retorno das aulas, e sim o cuidado com as vítimas diretas e indiretas do ataque. A escola, no entanto, está sem professores. "Três foram mortos, outras professoras estão internadas, vários baleados, e profissionais sem condições psicológicas para voltar ao trabalho", afirmou Vitor de Angelo.
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Fonte: www.folha.uol.com.br