São Paulo está largada, com esse título o “Estadão” faz dura crítica ao prefeito da capital paulista

Com o Título "São Paulo está largada", o jornal Estadão em sua edição on line desta segunda feira, 19 de dezembro de 2022, publica um editorial com duras críticas ao senhor Ricardo Nunes(MDB) atual prefeito da cidade de São Paulo. Veja abaixo o texto com o editorial do Estadão:

O paulistano que põe os pés fora de casa e caminha por poucos metros em qualquer bairro de São Paulo nota que a cidade parece largada à própria sorte. A sensação é de abandono; o cenário, de desleixo.

Na quarta maior cidade do mundo, seja nos bairros mais próximos, seja nos mais afastados do centro, o que se vê diariamente é o triunfo do caos e da lei do mais forte sobre a ordem pública e a urbanidade.

As calçadas de São Paulo estão intransitáveis, sobretudo para os cidadãos com necessidades especiais. Ruas e avenidas esburacadas e mal iluminadas impõem duplo risco à vida dos paulistanos, que tanto podem ser vítimas de acidentes de trânsito como de violência urbana. Muitos segmentos de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas estão malcuidados ou mal sinalizados, sem falar que o espaço exclusivo dos ciclistas tem sido olimpicamente desrespeitado por motoristas e motociclistas, sem qualquer fiscalização. Vê-se lixo acumulado e mato crescendo em todo canto.

A Prefeitura também tem se mostrado incapaz de lidar com o drama humano dos cidadãos que vivem nas ruas por falta de trabalho e moradia, vítimas da crise social e econômica instalada no País. Em diversos pontos da metrópole, abrigos precários são improvisados por famílias inteiras, e logo proliferam. A ocupação desordenada do espaço público é uma realidade. Em circunstâncias distintas, o mesmo ocorre com os camelôs. As calçadas estão tomadas por vendedores ambulantes que se arvoram em donos de um espaço que é dos pedestres.

Como se não bastasse, o trânsito está caótico, mas nem sempre pelo volume de automóveis em circulação, traço distintivo de São Paulo, e sim pela falta de agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para organizar essa bagunça. Tudo piora em dias de chuva. E nem é preciso uma tempestade digna do Antigo Testamento para apagar os faróis e dar um nó nos cruzamentos da cidade. Uma garoa basta.

Diante de tudo isso, uma pergunta se impõe: afinal, o que tem feito o prefeito Ricardo Nunes? O Portal 156 registra que os problemas relativos aos serviços de zeladoria lideram a lista de reclamações dos paulistanos. Ora, se a principal atribuição de um prefeito é zelar pela qualidade de vida de seus governados, Nunes tem falhado miseravelmente.

Dinheiro não falta em São Paulo. Portanto, não é por falta de recursos que a cidade não recebe investimentos em zeladoria e fiscalização. Se os recebe, decerto têm sido mal direcionados, pois os resultados não aparecem.

Talvez esteja faltando tempo para o prefeito andar pela cidade e ver com os próprios olhos os problemas que atormentam paulistanos de todas as regiões e estratos sociais. Nas últimas semanas, Ricardo Nunes esteve bastante ocupado em articulações com o futuro governador do Estado, Tarcísio de Freitas, para viabilizar o “passe livre” no transporte público municipal, que de “livre” só tem a demagogia. Com a medida, Nunes espera imprimir uma marca pessoal à sua administração, herdada de Bruno Covas (PSDB). Nesse afã, a marca que está imprimindo é outra: a de péssimo zelador.

Em vez de cuidar melhor da cidade, Nunes também dedicou tempo de sua agenda assoberbada para negociar com a Câmara Municipal a aprovação da lei que aumentou o nível de ruído permitido na cidade, medida que, a pretexto de atrair mais negócios para São Paulo, aumentará a poluição sonora que inferniza a vida de milhões de paulistanos que só querem dormir em paz. Restou evidente que o prefeito não se sensibilizou com o aumento de 48,5% no número de reclamações por barulho na cidade que ele governa, de acordo com o Programa Silêncio Urbano (Psiu), da própria gestão municipal.

Aos paulistanos, resta pouco ou nada a fazer a não ser lamentar ou se indignar pelo descaso da Prefeitura com suas angústias. Em tese, a cidade de São Paulo conta com um Sistema de Gerenciamento de Fiscalização (SGF), criado com o intuito de “otimizar os processos de fiscalização da capital” em todas as subprefeituras. É evidente, no entanto, que o tal sistema não passa de um nome pomposo para ineficácia.

Fonte: www.estadao.com.br

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