Enriquecidas pela valorização do barril, as grandes petroleiras globais preferiram pagar mais dividendos do que investir em 2022, num cenário oposto ao vivido pelo setor em 2013 – quando o preço do petróleo superou, pela última vez, a média anual de US$ 100 o barril.
A distribuição recorde de dividendos e o pé no freio das petroleiras na retomada dos investimentos devem manter aceso o debate sobre a criação de windfall taxes (taxação sobre lucros extraordinários), na avaliação da Westwood Global Energy Group.
Levantamento da consultoria mostra que as cinco supermajors (bp, Chevron, ExxonMobil, Shell e TotalEnergies) apostaram na disciplina de capital e conseguiram aumentar, em uma década, o fluxo de caixa operacional, mesmo com a queda na produção no período.
De acordo com a Westwood, as cinco petroleiras, juntas:
- reduziram a produção em 5,8% em 2022, em relação a 2013, de 15,5 milhões de barris diários de óleo equivalente (boe/dia) para 14,6 milhões de boe/dia;
- mas ampliaram o fluxo de caixa operacional em 65,5%, dos US$ 171 bilhões em 2013 (US$ 30,2/barril) para US$ 283 bilhões (US$ 53,1/barril).
A consultoria destaca que as companhias se tornaram incrivelmente eficientes na geração de caixa. E optaram por direcionar a maior parte dos lucros para dividendos e programas de recompra de ações.
*Fonte: epbr.com.br