Educação: sobrecarga de trabalho afeta mais de 30% dos professores do ensino fundamental anos finais

relatório divulgado pela Fundação Carlos Chagas (FCC), (D³e) e o Itaú Social, analisou o volume da carga de trabalho de docentes dos anos finais do ensino fundamental (EFII) do Brasil, Estados Unidos, França e Japão.

A pesquisa foi feita por Gabriela Miranda Moriconi, Nelson Antonio Simão Gimenes e Luciana França Leme e evidenciou que os professores no Brasil acumulam, em média, mais trabalho e são responsáveis por um maior número de salas de aula durante o ano letivo, em comparação com profissionais de educação de outros países. O estudo apontou também, que pelo menos 20% dos professores brasileiros do ensino fundamental (que vai do 5º ao 9º ano) lecionam em mais de uma escola de forma simultânea.

Considerando todas as etapas nas quais um professor brasileiro do ensino fundamental leciona, o percentual sobe de 20% para 45% – esta é a parcela dos docentes do Ensino Fundamental II que trabalham em duas ou mais escolas no Brasil. 

Contratações de professores e a sobrecarga 

O relatório evidenciou as principais diferenças na contração e atribuições de professores entre quatro países. Enquanto Estados Unidos, França e Japão contratam prioritariamente professores em tempo integral por escola, atribuindo-lhes um papel que tem como aspecto central a sala de aula, mas que não se restringe a ela, no Brasil os professores são contratados para serem “fornecedores de aulas”. 

Os contratos brasileiros são majoritariamente em tempo parcial para uma ou mais escolas e essencialmente para lecionar um conjunto de aulas, sendo adicionado um pequeno período para atividades que as viabilizem. Aqui no Brasil, essa forma de contratação é uma das geradoras das desigualdades observadas na quantidade de turmas ministradas e no total de alunos, outro indicativo do volume de trabalho docente. Assim como tantos outros, esse insumo educacional é oferecido de modos diferentes às escolas brasileiras, contribuindo para as disparidades educacionais observadas no país. 

Estudo aponta soluções para reduzir o número das turmas 

Ainda de acordo com o relatório divulgado pela FCC, para reduzir o número de turmas desses professores, é possível pensar em diversas alternativas a partir dos países que fizeram parte do estudo, tais como: 

  • Modificar a organização da grade curricular, mantendo o número de aulas atual mas flexibilizando o período de cumprimento durante o EFII; 
  • Viabilizar e valorizar a obtenção de dupla licenciatura dos professores;
  • Substituir parte da carga de aulas por outras responsabilidades no âmbito escolar, tais como ser responsável por uma turma ou coordenador de uma área do conhecimento. 

Adicionalmente, recomenda-se reduzir as turmas com mais de 30 estudantes, especialmente nas escolas com mais proporção de alunos com desempenho acadêmico e/ou nível socioeconômico baixo.

*Fonte: www.educamaisbrasil.com.br

 

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