O verão 2023/2024 começou nesta sexta-feira (22) no Hemisfério Sul à 0h27 (hora de Brasília). A estação tem início com o Pacífico Equatorial Central sob a influência do fenômeno El Niño, caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial.
O El Niño persistirá o verão inteiro, mas com tendência de enfraquecimento. O seu pico de intensidade ocorre agora ao redor do final do ano.
O verão de 2024 vai apresentar a comum irregularidade da chuva da estação no Rio Grande do Sul. Os acumulados de precipitação variam muito de um ponto para outro, dentro de uma mesma cidade. A soma dos volumes do trimestre do verão climático (dezembro a fevereiro) deve fazer com que a estação registre chuva perto ou acima da média, considerando que dezembro acabará com chuva muito acima da média em várias regiões gaúchas.
O verão em Santa Catarina e no Paraná terá grande variabilidade de volumes de chuva de uma cidade para outra, mas, no geral, deve ter precipitações próximas ou abaixo da média na maioria das localidades. Há risco de irregularidade hídrica impactar a produção agrícola em localidades dos dois estados.
No Centro-Oeste, a chuva deve ser mais volumosa nos estados do Mato Grosso e Goiás, onde a estação deve ter precipitação acima da média em vários pontos. Mais a Oeste do Mato Grosso, porém, algumas cidades podem se ressentir de precipitação abaixo da média. No Mato Grosso do Sul, a irregularidade da chuva será maior e maior número de localidades pode apresentar precipitação abaixo da média.
No Sudeste do Brasil, a chuva deve ficar acima a muito acima da média em vários pontos de Minas Gerais, que é o estado da região que mais preocupa neste verão. A chuva deve ser superior ao normal ainda na estação em áreas do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, sobretudo mais ao Norte do estado fluminense. Em São Paulo, a chuva tende a ser muito irregular e muitos municípios devem ter um verão menos chuvoso que o habitual. É importante destacar que tanto no Sudeste como no Centro-Oeste são comuns na estação temporais isolados com altíssimos volumes de chuva que podem fazer com que a estação termine com acumulados localizados ou regionalizados acima da média.
O verão deve ser mais quente do que o normal no Sudeste e no Centro-Oeste na maior parte das cidades. Os desvios podem ser significativos em pontos do Brasil Central, o que favorece um risco maior de tempestades com a alta umidade. O Rio de Janeiro deve ter muitos dias de calor intenso e vários de calor excessivo.
No Norte do Brasil, o El Niño seguirá favorecendo chuva abaixo da média em locais mais ao Norte da região amazônica como o Norte do Amazonas e Roraima, nas proximidades da Venezuela e da Colômbia. Mais ao Sul da região amazônica e em Tocantins, a MetSul projeta o predomínio de precipitação entre perto e acima da média.
No Nordeste do Brasil, por sua vez, onde o El Niño deveria reduzir em tese a chuva nesta época do ano, espera-se precipitação acima da média em grande parte da região e com excessos localizados. Pode chover muito, por exemplo, em setores mais ao Norte do Ceará, como na área de Fortaleza, e no Rio Grande do Norte, incluindo a sua capital Natal.
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*Fonte: metsul.com