O presidente da Argentina, Javier Milei, começa seu segundo ano de governo nesta terça-feira, 10, com vários indicadores a comemorar, como a queda da inflação e a conquista de superávits fiscais desde o início do ano. Por outro lado, há expectativa pelo fim da recessão que veio na esteira do ajuste fiscal e pela liberação do acesso a dólares, uma promessa de campanha.
Após assumir, Milei tomou medidas duras, como cortar 30% dos gastos públicos, enxugar aposentadorias e repasses federais para as províncias, além de cortar subsídios, encaminhar a privatização de estatais e demitir funcionários públicos. Até outubro, 31 mil deles foram dispensados, segundo o governo. Com isso, a Argentina passou a ter superávit fiscal em 2024, depois de anos de déficits. A inflação, baixou para 2,7% ao mês em outubro. Em dezembro de 2023, estava em 25,5% ao mês.
No entanto, o país vive uma recessão e deverá fechar 2024 com queda de 3,5% do PIB, projeta o FMI. Com isso, a pobreza também cresceu e atinge 53% da população. Em 2023, 40% dos argentinos estavam nessa condição.
Para 2025, a expectativa é de retomada da economia,, com crescimento do PIB de 5%, puxado não só pelo cenário fiscal, mas pela melhora da produção agrícola e do avanço da exploração de gás das reservas de Vaca Muerta, no sul do país.
*Fonte: Desperta – Exame