O subcomandante da Polícia Militar José Augusto Coutinho teria ignorado a informação de que policiais da Rota vazaram informações sigilosas para facilitar a fuga do então maior nome do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas ruas, Marcos Roberto de Almeida, o Tuta . O episódio ocorreu em setembro de 2020, durante a Operação Sharks, quando Coutinho comandava a Rota.
A Rota ficou encarregada de cumprir vários mandados de prisão expedidos no âmbito da operação, entre eles o de Tuta. Para a surpresa dos promotores, no entanto, o chefão do PCC não foi localizado no endereço previsto.
Inicialmente, houve a suspeita de que alguém do prédio do criminoso poderia ter vazado a informação. Mais tarde, os promotores tiveram acesso a um áudio em que o próprio Tuta conversava com um outro criminoso e dizia: “O pessoal da R [suposta referência à Rota] salvou minha vida na Sharks”.
Em conversa com interlocutores, um promotor do Gaeco afirmou que a gravação ainda indica que Tuta teria desembolsado R$ 5 milhões pelo vazamento. Ele teria pagado R$ 2 milhões de “entrada” e parcelado o restante.
Os representantes do MPSP levaram o caso ao então comandante da Rota, hoje número 2 na hierarquia da Polícia Militar. Segundo os promotores, ele, no entanto, não tomou providências a respeito, abafando o caso.
Questionada, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) não comentou o caso. A pasta se limitou a dizer que a Polícia Militar “não compactua com desvios de conduta” e que “toda denúncia é rigorosamente investigada pela Corregedoria da instituição”
*Fonte: www.metropoles.com