Pastor é condenado por discriminação religiosa em Mauá
Líder da Assembleia de Deus chamou oferenda de "obra do Diabo" e "imundice"
A Justiça de São Paulo condenou o pastor Danilo Santana Santos, da Assembleia de Deus, por discriminação e preconceito religioso. Em fevereiro de 2024, o pastor foi chamado para "desfazer" uma oferenda próxima à casa de fiéis de sua igreja, em Mauá, no ABC paulista.
Segundo a acusação do Ministério Público, o pastor se referiu à oferenda como "obra do Diabo", "imundice", "sujeira do inferno", "mal" e "desgraça". As imagens foram gravadas e motivaram uma denúncia ao Disque 100.
O pastor se defendeu no processo afirmando que apenas "orou sobre os objetos deixados em via pública", exercendo "seu direito à liberdade de crença religiosa". Ele negou ter ofendido qualquer pessoa ou religião.
O juiz Paulo Campanella considerou que o pastor não se limitou a propagar sua crença, mas ofendeu a religião alheia, "vilipendiando" um símbolo religioso da Umbanda.
O pastor foi condenado a um ano de reclusão em regime aberto, mas a pena foi substituída por serviços comunitários. Ele ainda pode recorrer da decisão.
*Fonte: www1.folha.uol.com.br texto produzido com auxílio de IA