A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) completou 190 anos em meio a questionamentos sobre seus altos custos e a aparente falta de contrapartida para a sociedade.
Com um orçamento de R$ 1,45 bilhão para 2024, a Casa Legislativa movimenta cifras superiores às de municípios inteiros do estado, como Araçatuba, que possui 200 mil habitantes e um orçamento de R$ 1,12 bilhão para gerir saúde, educação e infraestrutura.
Privilégios e altos custos:
- Cargos comissionados: Quase 80% dos cargos da Alesp são ocupados por indicações políticas, um percentual considerado excessivo pela Justiça em 2021.
- Verba de gabinete: Os deputados estaduais gastaram R$ 33,68 milhões com verba de gabinete em 2024, um aumento em relação à legislatura anterior.
- Benefícios para ex-dirigentes: Ex-presidentes e ex-secretários da Mesa Diretora da Alesp continuam com direito a gabinetes e funcionários mesmo após deixarem os cargos, acumulando privilégios com suas estruturas normais de parlamentares.
- Gastos supérfluos: A Alesp destinou R$ 147,6 mil para a compra de 200 réplicas da escultura "Monumento às Bandeiras" para presentear autoridades, e R$ 16,1 mil para a compra de café gourmet.
"Cabide de empregos":
O Núcleo de Avaliação Estratégica (NAE) da Alesp, criado para avaliar o serviço público, é apontado como um "cabide de empregos", com 49 dos 51 funcionários sendo comissionados, muitos com ligações políticas diretas com os deputados da casa legistiva paulista.
*Fonte: www.estadao.com.br