O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acusou, nestasemana, o ex-presidente Michel Temer (MDB) de trabalhar para consolidar uma candidatura de direita nas eleições de 2026 sem sua participação. Em entrevista aberta, Bolsonaro também cobrou publicamente que governadores de direita aliados se manifestem contra sua inelegibilidade, decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A declaração ocorre após Temer afirmar, em entrevista ao Canal Livre, da Band, que conversou com governadores de direita sobre uma possível união eleitoral em 2026 – sem mencionar Bolsonaro ou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O ex-presidente emendou que não pode impedir Temer de agir politicamente, mas espera que seus aliados não sejam traidores e defendam sua participação na disputa.
Entre os governadores que disputam seu eleitorado estão Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União-GO), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Jr. (PSD-PR). Bolsonaro evitou citar nomes, mas deixou claro sua insatisfação com a possibilidade de serem cooptados por uma articulação que o exclua.
Bolsonaro também comentou possíveis candidaturas de Michelle Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, mas disse que ainda é cedo para definir nomes.
"A Michelle não pediu para entrar nas pesquisas, botaram o nome dela e ela tem aparecido na frente do Lula. Quem é a Michelle? É uma pessoa como primeira-dama, no meu entendimento, que foi exemplar. É uma mulher, fala bem, é evangélica, então tem o carinho de uma parte considerável da população", avaliou.
O ex-presidente ainda mencionou sua expectativa de que o STF reveja a decisão , e que lhe confira plena liberdade para que possa disputar livremente as eleições para presidente do Brasil em 2026. Ele afirmou que mantém contato com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre o caso.
Enquanto Michel Temer busca costurar uma alternativa sem Bolsonaro, o ex-presidente insiste que sua exclusão seria antidemocrática – e espera que seus aliados não o abandonem – pois se isso acontecer será uma traição aos seus eleitores.
*Fonte: www.otempo.com.br
