Em meio à propaganda que exalta a política de corte de gastos promovida pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), o estado de São Paulo enfrenta uma crescente crise na prestação de serviços essenciais. O deputado estadual André do Prado (PL), cotado para ser vice em uma eventual chapa à reeleição em 2026, aparece em inserção publicitária de 30 segundos destacando os cortes como sinal de eficiência administrativa. Na prática, no entanto, os impactos da austeridade têm sido negativos e sentidos diretamente pela população.
Nos bastidores da propaganda, a realidade nas ruas é outra: faltam policiais militares e civis para garantir a segurança pública em diversas regiões do estado, inclusive nas periferias da capital e no interior.
Escolas estaduais enfrentam déficit de professores, prejudicando o aprendizado de milhares de alunos. Na saúde, os Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) e hospitais geridos pelo governo estadual operam com escalas desfalcadas, dificultando o acesso a consultas com especialistas e aumentando filas de espera.
A promessa de "educação de qualidade" e "saúde fortalecida", citada por André do Prado, contrasta com relatos de estudantes sem aulas regulares e pacientes que aguardam meses por atendimento básico.
A entrega de moradias, em 4 anos não atingirá nem 5% das nescessidade de um déficit de quase 3 milhões de habitações no estado de SP , também exaltadas pelo parlamentar, não têm sido suficientes para mascarar o desgaste nos serviços públicos fundamentais.
Enquanto o governo Tarcísio defende os cortes como estratégia para equilibrar as contas e aumentar a arrecadação, cresce o questionamento sobre os reais critérios de prioridade dessa gestão. Para muitos paulistas, o custo da austeridade tem sido pago com a própria dignidade.
Fontes: associação dos delegados de sp – MP entra com ação para que Tarcísio recomponha quadro de porfessores – deficit-de-policiais-civis-bate-recorde-em-sp