Em meio aos debates sobre a matriz energética brasileira, o senador Marcos Rogério (PL-RO), conhecido por ter ordenado à ministra Marina Silva (Meio Ambiente) que "se colocasse em seu lugar" em uma audiência recente, é o autor de propostas que podem tornar a geração de energia no país mais cara, mais poluente e menos eficiente.
As medidas, inseridas em projetos de lei sob a justificativa de diversificar as fontes de energia, beneficiam termelétricas a gás e carvão, onerando os consumidores e indo contra metas climáticas globais.
"Jabutis" na legislação ampliam térmicas e custos – Em 2021, como relator da MP da privatização da Eletrobras, o senador incluiu no texto a contratação compulsória de termelétricas a gás, mesmo sem relação direta com o tema original – uma manobra conhecida como "jabuti". A medida, aprovada pelo Congresso e sancionada por Jair Bolsonaro (PL), obriga o país a comprar 8.000 MW de energia térmica, mesmo quando não há necessidade, em um modelo chamado "inflexível".
Especialistas alertam que essa decisão eleva custos e aumenta a emissão de poluentes. Dados da consultoria PSR mostram que, até 2050, os consumidores pagarão R$ 545 bilhões a mais (valores corrigidos), com um aumento de 9% na conta de luz – impacto que afeta a inflação e a competitividade industrial.
*Fonte: www1.folha.uol.com.br/