Uma partida de futebol entre adolescentes em um condomínio de alto padrão em Rio Claro (SP) terminou em violência e caos no último domingo (22/06). O que começou como uma discussão entre dois jovens dentro de campo acabou se transformando em uma briga generalizada que envolveu familiares, deixou cinco pessoas feridas e resultou em uma tentativa de atropelamento.
De acordo com o boletim de ocorrência, a confusão teve início quando dois adolescentes se desentenderam durante a partida. Os pais dos jovens intervieram e o confronto se intensificou fora do condomínio, ganhando proporções alarmantes.
Rossana Correia, comerciante e mãe de um dos adolescentes, afirmou ter recebido um telefonema desesperado do filho pedindo socorro. Segundo ela, ao chegar ao local, o encontrou sendo agredido por outros jovens. “Ele estava sendo segurado por dois meninos e tinha cinco batendo nele. Eu só desci do carro como mãe para tirá-lo”, contou.
No auge da confusão, Rossana entrou no carro, passou por cima de canteiros e dirigiu na contramão da Avenida Castelo Branco, supostamente na tentativa de atropelar um dos envolvidos na agressão a seu filho. O atropelamento, no entanto, não se concretizou. Ela ainda teria agredido e apedrejado um homem, que ficou ferido. A identidade e o envolvimento desse homem com o caso não foram esclarecidos.
A versão da comerciante é contestada pela outra família envolvida. O advogado Marcelo Diniz de Carvalho afirmou que, segundo os relatos que possui, o filho de sua cliente teria sido vítima de uma tentativa de atropelamento. “Vamos aguardar o inquérito policial e buscar imagens das câmeras de segurança para esclarecer os fatos”, disse o advogado, negando que o jovem tenha iniciado as agressões.
Os policiais militares que atenderam à ocorrência relataram que Rossana estava alterada, desacatou os agentes e apresentava a carteira de habilitação vencida. Além disso, o veículo que dirigia estava com o licenciamento irregular e foi recolhido.
Todos os envolvidos foram conduzidos à delegacia. O caso foi registrado como calúnia, desacato, desobediência, ato infracional, vias de fato e lesão corporal. Ninguém foi preso, mas o inquérito policial continua em andamento para esclarecer as responsabilidades.
A comunidade do condomínio e autoridades locais acompanham o desdobramento do caso, que expôs a tensão e o descontrole que podem surgir mesmo em ambientes considerados seguros e privilegiados.