Até quando Porto Ferreira e cidades com características semelhantes terão de conviver com a falta de policiais em quantidade proporcional ao tamanho de sua população?
Na manhã deste sábado (28), por volta das 8h, Porto Ferreira voltou a ser palco da violência que assola pequenas e médias cidades do interior paulista. Dois criminosos invadiram uma casa lotérica no município e, armados, roubaram cerca de R$ 5 mil em dinheiro. Apesar da resposta imediata da Polícia Militar, os assaltantes conseguiram escapar sem deixar rastros — um retrato da crescente sensação de impunidade que paira sobre a população.
Segundo informações preliminares, a dupla entrou no estabelecimento e anunciou o assalto, sendo que um deles estava com um revólver. A ação foi rápida e direta: subtraíram o valor em espécie e fugiram, tomando rumo ignorado. A PM fez buscas pela cidade e acionou unidades vizinhas.
O caso será investigado pela Polícia Civil. No entanto, o histórico das ocorrências semelhantes não inspira otimismo: muitas vezes os inquéritos esbarram na falta de recursos, estrutura e efetivo, e acabam sem conclusão, pois o governo estadual não tem investido área de segurança como ele merece, especialmente na valorização dos agentes e na infraestrutura da Polícia Judiciária (Polícia Civil).
Enquanto isso, comerciantes e cidadãos vivem acuados. As casas lotéricas, que prestam serviços bancários e lidam com grandes volumes de dinheiro, tornaram-se alvos recorrentes — e a resposta do Estado, até agora, tem sido insuficiente.
A pergunta incômoda e inevitável que ecoa após mais um roubo é: até quando Porto Ferreira e cidades com características semelhantes terão de conviver com a falta de policiais? A população e as cidades cresceram, mas o contingente de policiais militares permanece praticamente o mesmo de vinte anos atrás.
*Charge produzida com auxílio de IA