João Nazareno Roque, funcionário de empresa terceirizada, é acusado de facilitar golpe de R$ 541 milhões via PIX; Justiça bloqueia R$ 270 milhões e apreende equipamentos
A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na noite de ontem, quinta-feira (03/07), João Nazareno Roque, suspeito de envolvimento no maior ataque hacker já registrado contra instituições financeiras no Brasil. A ação criminosa resultou em um prejuízo de cerca de R$ 541 milhões, desviados da empresa BMP Instituição de Pagamento S/A por meio de transferências fraudulentas via PIX.
Roque é funcionário da C&M Software, empresa que presta serviços a instituições financeiras e atua como custodiante de transações entre a BMP e o Banco Central. De acordo com a Divisão de Combate a Crimes Cibernéticos, ele teria facilitado o esquema de furto qualificado, permitindo que outros membros do grupo criminoso realizassem transferências em massa para diversas contas bancárias.
Durante a operação policial, realizada na residência do suspeito, foram apreendidos equipamentos eletrônicos que devem auxiliar nas investigações. A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 270 milhões de uma conta suspeita de ter sido utilizada para receber os valores desviados.
Um vídeo divulgado pelas autoridades mostra o momento da prisão de João Roque, que foi conduzido para a delegacia em uma viatura policial.
A C&M Software se manifestou por meio de nota oficial, na qual afirma que está colaborando proativamente com as investigações e que o incidente decorreu de técnicas de engenharia social, e não de falhas técnicas em seus sistemas. A empresa declarou ainda que permanece plenamente operacional e reitera seu compromisso com a segurança e a integridade do sistema financeiro.
O Banco Central, por sua vez, esclareceu que a C&M não possui qualquer vínculo contratual com a instituição, sendo apenas uma prestadora de serviços para empresas financeiras que operam contas transacionais.
*Fonte: www.cnnbrasil.com.br