Detenções ocorreram entre janeiro e julho; corporação prevê mais operações agora que tem em mãos os dados que estavam com o Exército
A Polícia Federal (PF) prendeu 63 colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) com mandados em aberto por crimes como homicídio, estupro de vulnerável, organização criminosa e estelionato. As prisões ocorreram entre janeiro e julho, após a transferência dos dados dos CACs do Exército para a PF, que assumiu oficialmente a fiscalização da categoria nesta terça-feira.
Segundo o delegado Fabricio Kerber, diretor da Polícia Administrativa da PF, apenas nas últimas 24 horas, nove pessoas foram presas. A ação deve se tornar permanente, com a PF cruzando informações no Sinarm (Sistema Nacional de Armas) para analisar os 978 mil registros de CACs e 1,5 milhão de armas legais no país.
A medida é parte da transferência de atribuições do Exército para a PF, decidida por decreto de Lula em 2022. A expectativa é que o pente-fino aumente as investigações sobre desvio de armas para o crime. A PF agora poderá vistoriar arsenais de CACs e cancelar registros em caso de resistência.
Especialistas elogiam a unificação dos dados como um avanço no controle do armamento civil, revertendo a política de flexibilização do governo Bolsonaro. O processo de registro será digitalizado, com prazo de análise reduzido de seis meses para 11 dias.
*Fonte: oglobo.globo.com