Caso o Brasil acate a recomendação dos Estados Unidos e da OTAN contra a Rússia, haverá impactos negativos para caminhoneiros, transportadoras e o agronegócio

País atender as ameaças de Donald Trumps contra a Rússia colocaria em risco o abastecimento nacional de diesel, pressionando preços, a inflação e setores estratégicos como transporte e agronegócio.

Diante da intensificação das sanções internacionais contra a Rússia em decorrência da guerra na Ucrânia, os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) têm pressionado países parceiros, como o Brasil, a interromper ou reduzir a importação de combustíveis russos

Hoje, o Brasil figura entre os maiores importadores mundiais de diesel, sendo dependente de compras externas para suprir entre 20% e 25% de sua demanda interna. A Rússia, nas últimas safras energéticas, tornou-se um dos principais fornecedores para o mercado brasileiro.

Romper repentinamente com esse fluxo comercial significaria, na prática, recorrer a fontes alternativas – como os Estados Unidos e países do Oriente Médio – cujos preços são, em média, mais altos.

Com isso os primeiros a sentirem os efeitos negativos seriam os caminhoneiros autônomos e as transportadoras, pois começariam a pagar mais caro pelo Diesel, posteriormente seria o agronegócio tanto com a elevação no preço do diesel com no aumento nos preços dos fertilizantes e seus componentes

No plano macroeconômico, o aumento do diesel tende a elevar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), dificultando a tarefa do Banco Central em conter a inflação. Medidas paliativas, como subsídios ou desoneração de impostos (como a CIDE), voltariam ao centro do debate, gerando impactos no orçamento público e ampliando o desafio fiscal do governo.

Ao considerar ceder às pressões ocidentais, o Brasil se vê em um dilema complexo: de um lado, o alinhamento político com os EUA e OTAN; de outro, a necessidade de garantir o abastecimento e a estabilidade econômica interna. A escolha do governo brasileiro, portanto, será estratégica não apenas do ponto de vista diplomático, mas sobretudo para evitar uma crise de abastecimento com efeitos sociais e econômicos potencialmente devastadores.

A eventual interrupção das importações de diesel russo não é apenas uma decisão geopolítica – é um movimento que pode desencadear uma série de reações em cadeia na economia brasileira. Em um país com forte dependência do transporte rodoviário e da energia importada, cada centavo a mais no diesel pode significar inflação, protestos e instabilidade social. A balança entre diplomacia e pragmatismo econômico nunca foi tão delicada.

Fonte: BBC – Poder 360

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