Segundo MDS, a maioria dos desligamentos decorre do aumento da renda das famílias e do combate às fraudes, a partir da digilitalização dos dados e cruzamento de informações
O Bolsa Família registrou, em julho de 2025, o menor desde julho de 2022 atingindo o número total de beneficiários a 19,6 milhões.
A maioria dos desligamentos decorre do aumento da renda das famílias, alguns especialistas apontam que cortes esteja também ligados ao combate as fraudes.
Segundo o MDS, parte da queda se deve à modernização do Cadastro Único e à ampliação do cruzamento de dados com outras bases do governo federal, como o CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais). O novo sistema passou a atualizar automaticamente informações de renda, o que teria possibilitado detectar irregularidades ou inconsistências em tempo real.
Desde o início de 2023, cerca de 8,6 milhões de famílias foram desligadas do Bolsa Família. Porém, cerca de 473 mil famílias estavam pré-habilitadas para entrar no programa em abril, mas ainda não começaram a receber o benefício.
O movimento de diminuição no número de benefiários responde a restrições orçamentárias: o programa conta com R$ 158,6 bilhões autorizados para 2025, R$ 10 bilhões a menos do que os R$ 168,2 bilhões empenhados no ano anterior. A contenção de gastos levou o Bolsa Família a uma nova trajetória de queda após ter atingido pico de R$ 15 bilhões em junho de 2023.
Outro fator por trás das saídas em julho é o fim do prazo da chamada Regra de Proteção, que garante metade do benefício a famílias que ultrapassaram o limite de renda (R$ 218 por pessoa) mas ainda estão abaixo de meio salário mínimo. Cerca de 536 mil famílias completaram os 24 meses dessa regra e deixaram o programa. Outras 385 mil superaram o limite e foram desligadas automaticamente.

Enquanto o governo defende os cortes como reflexo de melhoria econômica e eficiência na gestão, críticos alertam para o impacto social da medida e pedem maior transparência sobre os critérios adotados.
Fonte: site de notícias Poder 360