Elizabete Arrabaça, de 68 anos, é suspeita de usar chumbinho em amiga há nove anos; delegado avalia exumar corpo para buscar provas
A Polícia Civil de Ribeirão Preto investiga uma terceira morte possivelmente ligada a Elizabete Arrabaça, de 68 anos, já acusada de envenenar a filha, Nathália Garnica, em Pontal (SP), e a nora, Larissa Rodrigues.
A nova vítima seria Élide Guide, amiga da idosa, que morreu há nove anos com sintomas semelhantes aos das outras duas mulheres – edema pulmonar agudo, compatível com intoxicação por chumbinho, veneno à base de carbamato.
As suspeitas sobre Élide surgiram durante as investigações dos crimes cometidos por Elizabete em fevereiro e março deste ano. Familiares da amiga, que tinha 80 anos e morava sozinha, relataram desconfiança após as revelações sobre os homicídios. O delegado José Carvalho de Araújo, responsável pelo caso, afirmou que vai pedir a exumação do corpo para buscar resquícios do veneno.
Segundo as investigações, Elizabete usou chumbinho para matar Nathália em 2022 e Larissa em 2024. A polícia também apura se a cadela da filha, Babi, foi envenenada como “teste” antes do crime – o animal teve o corpo exumado para análise toxicológica.
O médico patologista Dênis Welington Moura Ferreira, que analisou o corpo de Élide, destacou o edema pulmonar como possível indício de envenenamento. “O carbamato causa extravasamento de líquidos para os tecidos, efeito encontrado nela”, explicou.
Elizabete está presa desde 6 de maio, após laudo confirmar chumbinho no corpo da nora. Procurada, sua defesa não se manifestou sobre a nova investigação.
O delegado Araújo reforçou a importância da exumação: “É a prova técnica que pode confirmar o envenenamento”. Caso confirmada a ligação, a idosa responderá por um triplo homicídio.
Fonte G1 Ribeirão Preto