Advogado contradiz versão da PF e diz que parlamentar está sob custódia administrativa na Itália; decisão sobre extradição ou liberdade deve sair em até dois dias
A defesa da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) contestou a informação da Polícia Federal (PF) de que ela teria sido presa na Itália. Segundo o advogado Fábio Pagnozzi, a parlamentar se entregou voluntariamente às autoridades italianas e está sob custódia administrativa, aguardando decisão sobre seu futuro – que pode ser liberdade, prisão ou extradição para o Brasil.
O advogado destacou que o prazo para definir a situação da deputada é de dois dias, período em que a Justiça italiana decidirá se ela permanecerá em custódia, será liberada ou extraditada. Ele também afirmou que Zambelli gravou um vídeo antes de se entregar, mas o conteúdo não foi divulgado.
O diretor-geral da PF, Andrei Augusto Passos, havia confirmado que a parlamentar havia sido presa na Itália. Fontes da corporação disseram que a detenção seria para fins de extradição, já que o Brasil e a Itália têm tratados de cooperação nesse sentido. No entanto, como Zambelli possui cidadania italiana, ela pode solicitar permanecer no país e aguardar o processo em liberdade.
Zambelli estava foragida desde o início de junho, quando deixou o Brasil após ser condenada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 10 anos de prisão por invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). O ministro Alexandre de Moraes incluiu seu nome na lista de difusão vermelha da Interpol, que alerta países sobre criminosos procurados internacionalmente.
A deputada alegou que saiu do país para tratar questões de saúde e lutar pela liberdade de expressão. Antes de ir à Itália, passou pelos Estados Unidos. Agora, seu destino depende da Justiça italiana, que pode aceitar ou não o pedido de extradição feito pelo governo brasileiro.
Fonte: R7 Notícias