Mercado de trabalho em forte recuperação: desocupação cai para 5,8%, menor nível desde 2012, e renda média sobe 3,3% em um ano
A taxa de desocupação no Brasil caiu para 5,8% no trimestre encerrado em junho de 2025, segundo dados da Pnad Contínua divulgados pelo IBGE. Esse é o menor índice desde o início da série histórica, em 2012. Em apenas um ano, o país reduziu o desemprego de 6,9% (junho/2024) para o atual patamar, consolidando uma trajetória de recuperação do mercado de trabalho.
A renda média real do brasileiro registrou alta de 3,3% em relação a 2024, chegando a R$ 3.477. Além disso, a massa salarial em circulação na economia aumentou 5,9% em um ano, totalizando R$ 351,2 bilhões – um incremento de R$ 19,69 bilhões em recursos disponíveis para consumo e investimento.
O Brasil criou 1,805 milhão de vagas em apenas três meses, elevando a população ocupada para 102,3 milhões de pessoas. O setor privado foi um dos grandes impulsionadores, com 357 mil novas vagas com carteira assinada no trimestre e 1,4 milhão a mais que em 2024.
Outro destaque foi a forte redução do desalento (pessoas que desistiram de procurar emprego): 436 mil pessoas deixaram essa condição em um trimestre, uma queda de 13,7%. Em um ano, 449 mil brasileiros saíram dessa situação.
O empreendedorismo também avançou:
- Trabalhadores por conta própria: aumento de 426 mil em um trimestre, totalizando 25,8 milhões.
- Empregadores: crescimento de 21 mil, chegando a 4,2 milhões.
Apesar do aumento de 529 mil trabalhadores informais no trimestre, o mercado formal seguiu em expansão, com 1 milhão de vagas com carteira criadas em um ano. O setor público também contribuiu, com 610 mil novas contratações em relação ao trimestre anterior.
Com o nível de ocupação subindo para 58,8%, o maior desde 2024, e a massa salarial em crescimento, os indicadores reforçam um cenário de aquecimento do consumo e maior estabilidade econômica. O Brasil segue no caminho da geração de emprego e renda, com redução expressiva do desemprego.
Fonte: Estadão