Com alta acumulada de preços corroendo o poder de compra, avanço de 1,9% em julho mantém pressão sobre trabalhadores e aposentados, mesmo após queda no índice anual
A inflação na Argentina alcançou 1,9% em julho de 2025, segundo dados divulgados ontem, quarta-feira (13/08), pelo Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos). O resultado representa um aumento de 0,3 ponto percentual em relação a junho, quando o índice foi de 1,6%.
Embora o indicador anual tenha caído 2,1 pontos percentuais em comparação com o mesmo período de 2024, o avanço contínuo dos preços nos últimos 12 meses provocou perda significativa no poder de compra de salários e aposentadorias.
Os maiores vilões do mês foram recreação e cultura, com alta de 4,8%, e transporte, que subiu 2,8%. Esses reajustes refletem tanto efeitos de políticas fiscais recentes quanto pressões externas sobre a economia argentina.
O governo de Javier Milei (La Libertad Avanza, direita) tem apostado em medidas de desregulamentação, redução do tamanho do Estado, liberalização de mercados e corte de subsídios e controles de preços — práticas tradicionais em governos anteriores.
Na prática, porém, o aperto econômico e a retirada de subsídios têm impactado diretamente o custo de vida, fazendo com que o alívio nos números da inflação não se traduza em melhora real no bolso dos argentinos.
Fonte: Poder 360