Com auxílio de R$ 17 mil mensais (fora o salário) e um mimo de R$ 150 mil num único mês para 23 dos 27 ministros, o Tribunal Superior do Trabalho garante mais conforto e distância segura do povo que o sustenta.
Os ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiram que viajar como “simples mortais” não é mais compatível com a nobreza do cargo. Para resolver o problema de eventuais “indivíduos mal-intencionados ou inconvenientes” que ousam cruzar seus caminhos nos embarques e desembarques, estão construindo uma sala VIP exclusiva no aeroporto de Brasília. E, claro, a obra é financiada com dinheiro público. Di-nhei-ro pú-bli-co.
Segundo o próprio TST, a medida é para “evitar riscos significativos” a essas autoridades. Só não explicaram como reconhecer esses tais inconvenientes — talvez um sexto sentido desenvolvido com anos de serviço… ou apenas o faro apurado para manter distância de qualquer contribuinte.
E enquanto nós, os tais “indivíduos inconvenientes”, esperamos horas na fila da bagagem, 23 dos 27 ministros aproveitaram dezembro passado para receber mais de R$ 150 mil em auxílios, alimentação e ajuda de custo (livres de Imposto de Renda, claro). Fora o salário.
Mas não se preocupe: em meses normais, eles recebem “apenas” cerca de R$ 17 mil em auxílios. É reconfortante saber que, mesmo com essa modéstia, ainda sobra espaço no orçamento para uma sala VIP longe do povão.
Afinal, o trabalhador brasileiro tem uma missão patriótica: financiar o luxo daqueles que, aparentemente, precisam ser protegidos… de nós mesmos.
Fontes: Estadão, Folha de S.Paulo, O Globo, Metrópoles